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Brics querem supervisão para mercados de commodities

O objetivo do grupo é provocar debate com as economias desenvolvidas do mundo sobre as matérias-primas

É a primeira vez que a África do Sul participa de uma reunião do grupo. O país foi convidado no fim do ano passado (Divulgação)

É a primeira vez que a África do Sul participa de uma reunião do grupo. O país foi convidado no fim do ano passado (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2011 às 09h38.

Sanya - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que integram o grupo dos Brics, reivindicaram hoje maior supervisão para os mercados de commodities e para os fluxos de capitais. O objetivo é estimular o debate com as grandes economias do mundo sobre o tema. As autoridades representantes do grupo alertaram que os países em desenvolvimento enfrentam riscos causados pela entrada de capital provocada pelas políticas monetárias frouxas das nações desenvolvidas.

"Reclamamos maior atenção para os riscos do grande fluxo de capitais nas economias emergentes", disseram os cinco países, em um documento conjunto, após encontro na cidade de Sanya, no sul da China. Esta é a primeira vez que a África do Sul participa de uma reunião do grupo. O país foi convidado no fim do ano passado.

"O excesso de volatilidade nos preços das commodities, particularmente em alimentos e energia, impõe riscos para a recuperação econômica mundial", disse o documento. "A regulação dos mercados derivativos de commodities deve ser, dessa forma, fortalecida para evitar atividades capazes de desestabilizar os mercados".

Os países também mostraram apoio às discussões sobre o aumento da importância do papel dos Direitos Especiais de Saque, um tipo de moeda sintética do Fundo Monetário Internacional (FMI), e as discussões sobre alteração de sua composição. O documento conjunto também defendeu a necessidade de ampliar a coordenação no grupo das 20 nações mais industrializadas e desenvolvidas do mundo em áreas como mudanças climáticas, para garantir os interesses dos países em desenvolvimento. As informações são da Dow Jones.

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