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BRIC avança mais no combate à pobreza do que desenvolvidos

Segundo um relatório da organização internacional Global Health Strategies initiatives, os países do BRIC ainda criam modelos para a cooperação internacional

O documento cita a decisão do Brasil – que foi um dos pioneiros nos tratamentos de HIV– de apoiar a construção de uma fábrica de antirretrovirais em Moçambique (Stock.Xchange)

O documento cita a decisão do Brasil – que foi um dos pioneiros nos tratamentos de HIV– de apoiar a construção de uma fábrica de antirretrovirais em Moçambique (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 09h13.

Brasília - Um novo modelo de ajuda para os mais pobres foi criado pelos governos dos países que integram o BRIC (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Segundo o texto, a colaboração do grupo ocorreu em um ritmo dez vezes superior ao observado no G7 – que reúne os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha, o Reino Unido, a França, Itália e o Canadá – de 2005 a 2010.

A conclusão está em um relatório da organização internacional Global Health Strategies initiatives (GHSi) – divulgado hoje (26) em Nova Delhi, na Índia – onde os líderes políticos do bloco estarão reunidos até o final da semana. O documento informa ainda que os países do BRIC criam modelos para a cooperação internacional. A previsão é que a presidenta Dilma Rousseff chegue amanhã (27) a Nova Delhi.

Apesar de os países desenvolvidos serem os principais responsáveis por um volume maior em termos de cooperação internacional, o estudo informa que a abrangência dos esforços do BRIC em termos de ajuda externa têm acompanhado o rápido crescimento de suas economias.

O documento informa também que o BRIC inova ao usar recursos para melhorar a situação de saúde nos países mais pobres do mundo. Como exemplo, o documento cita a decisão do governo do Brasil – que foi um dos pioneiros nos tratamentos de HIV/aids – de apoiar a construção em Moçambique, de uma fábrica de drogas antirretrovirais.

O relatório estima que os gastos do Brasil com ajuda externa tenham ficado entre US$ 400 milhões e US$ 1,2 bilhão em 2010 (já que o país não divulga números anuais). A Rússia teria desembolsado cerca de US$ 500 milhões no mesmo ano, enquanto a Índia teria gasto US$ 680 milhões, a China, US$ 3,9 bilhões, e a África do Sul, US$ 150 milhões.

De acordo com o texto, os fabricantes de vacinas e medicamentos genéricos da Índia também tiveram papel fundamental na redução dos preços que os países mais pobres pagam por esses produtos. Porém, o texto reconhece que o BRIC ainda enfrenta seus próprios desafios em relação a seus sistemas de saúde.

O documento informa também que as cinco nações do BRIC tiveram avanços recentes e implementaram programas inovadores na área. O Brasil, a Rússia, Índia, China e a África do Sul também estão coordenando esforços em setores como agricultura, ciência e tecnologia, além de investir em pesquisa e desenvolvimento, o que poderia ter um impacto direto em países pobres.

Na 4ª Cúpula dos BRIC, na qual Dilma estará presente, o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, apresentará a proposta de criação do banco do desenvolvimento do bloco. A ideia é que a instituição se dedique aos investimentos em projetos de infraestrutura e desenvolvimento em nações pobres. O processo de criação do banco deve ocorrer a longo prazo.

Além de Dilma e Singh, participarão da cúpula os presidentes Dmitri Medvedev (Rússia), Hu Jintao (China) e Jacob Zuma (África do Sul). A presidenta participa das reuniões na companhia de uma comitiva de ministros e de cerca de 60 empresários. Com informações da BBC Brasil.

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