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Grã-Bretanha e Irlanda apelam por calma na Irlanda do Norte

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, chamou a situação de "extremamente preocupante e difícil"


	Premiê da Irlanda do Norte, Peter Robinson, renuncia: O governo da região autônoma britânica está à beira de um colapso depois que um assassinato ligado a antigos membros do grupo paramilitar Exército Republicano Irlandês (IRA) levou Peter Robinson a renunciar.
 (Reuters / Stringer)

Premiê da Irlanda do Norte, Peter Robinson, renuncia: O governo da região autônoma britânica está à beira de um colapso depois que um assassinato ligado a antigos membros do grupo paramilitar Exército Republicano Irlandês (IRA) levou Peter Robinson a renunciar. (Reuters / Stringer)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2015 às 14h35.

Belfast/Dublin - Grã-Bretanha e Irlanda procuraram acalmar a crise política da Irlanda do Norte, nesta sexta-feira, exortando os unionistas protestantes e os nacionalistas católicos a apoiarem um governo de partilha de poder que terminou com décadas de violência sectária.

O governo da região autônoma britânica está à beira de um colapso depois que um assassinato ligado a antigos membros do grupo paramilitar Exército Republicano Irlandês (IRA) levou o primeiro-ministro Peter Robinson a renunciar.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, chamou a situação de "extremamente preocupante e difícil", enquanto seu homólogo irlandês, Enda Kenny, disse que só há uma "oportunidade limitada" de evitar a queda do governo, o que teria consequências prolongadas.

O governo de partilha de poder foi criado no âmbito do acordo de paz da Sexta-feira Santa de 1998, que acabou com três décadas de violência em que 3.600 pessoas morreram em ataques entre nacionalistas católicos que buscam a adesão à Irlanda e unionistas protestantes a favor da Grã-Bretanha.

Analistas não consideram possível um retorno àqueles tempos, mas, na última vez que o Parlamento local foi suspenso, em 2002, foram necessários cinco anos para que os partidos rivais das duas comunidades concordassem em se reunir novamente.

Desta vez, a confiança entre os dois lados foi abalada por provas de que um grupo paramilitar supostamente dissolvido há mais de uma década ainda está envolvido na violência, mesmo sem estar seguindo uma agenda política.

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