Mundo

Soldados líbios pedem asilo na Grã-Bretanha após treinamento

Grã-Bretanha vinha treinando o grupo de mais de 300 cadetes em habilidades básicas de infantaria e liderança militar na base de Bassingbourn


	Fumaça é vista na cidade de Benghazi, Líbia, tomada por confrontos entre milícias
 (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

Fumaça é vista na cidade de Benghazi, Líbia, tomada por confrontos entre milícias (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 16h43.

Londres - Um grupo de cadetes do Exército da Líbia, cujo programa de treinamento na Grã-Bretanha foi encerrado antes do prazo devido a uma série de ataques sexuais contra moradores da área, pediram asilo, informou o secretário britânico da Defesa, Michael Fallon, nesta segunda-feira.

No início deste mês, Fallon disse que os cadetes seriam mandados para casa com antecedência depois que dois deles foram acusados de estuprar um homem e outros três de agressões sexuais contra mulheres.

A Grã-Bretanha vinha treinando o grupo de mais de 300 cadetes em habilidades básicas de infantaria e liderança militar na base de Bassingbourn, perto de Cambridge, no sudeste inglês, desde junho.

“Cerca de 100 deles partiram durante o treinamento, como acordado com as autoridades líbias, todo o restante foi devidamente devolvido à Líbia, com exceção de cinco, que continuam sob custódia, e alguns poucos que pediram asilo”, declarou Fallon ao Parlamento nesta segunda-feira.

A Grã-Bretanha teve um papel crucial na revolução líbia que depôs Muammar Gaddafi em 2011, montando uma campanha aérea contra suas forças. Mas, desde então, a Líbia vem sendo assolada por conflitos internos entre dois governos que buscam legitimidade, e a Anistia Internacional acusa todos os lados de crimes de guerra.

Fallon disse crer que, no futuro, é melhor que o treinamento seja organizado “no próprio país ou muito perto dele”.

Acompanhe tudo sobre:Países ricosEuropaGuerrasReino UnidoÁfricaCrise políticaLíbia

Mais de Mundo

‘Hamas sentiu o nosso poder, atacamos Gaza com 153 toneladas de bombas’, afirma Netanyahu

Presidente eleito da Bolívia afirma que vai retomar relações com os EUA após quase 20 anos

Cidadania espanhola 'facilitada' acaba nesta quarta-feira; saiba o que muda na Lei dos Netos

Número de mortos por inundações e deslizamentos no México chega a 76