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Bravos com plano de Trump, árabes de Israel querem tirar Netanyahu

A reprovação entre os árabes de Israel se concentrou em uma parte específica desse plano, um redesenho proposto de fronteiras

"Precisamos derrubá-lo, ele que é o nosso maior agitador", acrescentou Odeh, chefe de coalizão contra Benjamin Netanyahu (Amir Levy/Getty Images)

"Precisamos derrubá-lo, ele que é o nosso maior agitador", acrescentou Odeh, chefe de coalizão contra Benjamin Netanyahu (Amir Levy/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 1 de março de 2020 às 17h31.

NAZARÉ, Israel - Às véspera da terceira eleição em Israel em um ano, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, vem pedindo aos seus apoiadores que deem um empurrão final para ganhar um ou dois assentos a mais no Parlamento que ele considera necessários para formar um governo.

Mas, enquanto faz campanha, outra força na política israelense --a minoria árabe-- espera utilizar a nova onda de descontentamento contra o líder direitista e seus aliados dos EUA para evitar a aritmética eleitoral do outro lado.

Os legisladores árabes estão pedindo que suas comunidades compareçam às urnas em número cada vez maior no próximo dia 2 de março para mostrar sua oposição ao novo plano de paz --apelidado de "Acordo do Século"-- apresentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em janeiro.

A reprovação entre os árabes de Israel se concentrou em uma parte específica desse plano, um redesenho proposto de fronteiras que colocaria algumas cidades e vilas árabes fora de Israel e na área designada para um futuro Estado palestino.

"Há alguém por trás desse plano: Benjamin Netanyahu", disse Ayman Odeh, chefe da coalizão Joint List, dominada pelos árabes.

"Precisamos derrubá-lo, ele que é o nosso maior agitador, a pessoa por trás do Acordo do Século", acrescentou Odeh durante parada em Taibe, uma vila que pode ser retirada de Israel sob o plano de Trump.

Pesquisas mostram o Likud, de Netanyahu, virtualmente empatado com o partido Azul e Branco do líder centrista Benny Gantz.

Por Rami Ayyub

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