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Brasileiro confessa ter assassinado família na Espanha

Fontes da investigação acrescentaram que o jovem, de 20 anos, não apresentou muitos detalhes

Caso: o jovem chegou na quarta-feira a Madri após se entregar voluntariamente (Guarda Civil da Espanha/Divulgação)

Caso: o jovem chegou na quarta-feira a Madri após se entregar voluntariamente (Guarda Civil da Espanha/Divulgação)

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EFE

Publicado em 21 de outubro de 2016 às 12h19.

Última atualização em 21 de outubro de 2016 às 12h48.

Madri - O brasileiro François Patrick Nogueira Gouveia confessou nesta sexta-feira à Guarda Civil espanhola que foi o responsável pelo assassinato de seus tios e os dois filhos deles, duas crianças de 4 e 1 anos, em uma casa do município de Pioz, na província de Guadalajara (centro).

Assim disseram à Agência Efe fontes da investigação, que acrescentaram que o jovem, de 20 anos, não apresentou muitos detalhes, à espera da declaração que prestará perante um juiz de Guadalajara.

O jovem chegou na quarta-feira a Madri após se entregar voluntariamente após as conversas que os investigadores da Guarda Civil mantiveram durante vários dias com a família de Patrick no Brasil.

Os corpos do casal Gouveia (esquartejados) e os das duas crianças foram achados em uma casa em setembro depois que um vizinho alertou sobre o mal cheiro perto da casa da família, o que fez suspeitar que teria sido assassinada semanas antes.

Os parentes do jovem se convenceram de que o suspeito tinha que se apresentar à Justiça na Espanha, porque, além disso, a Guarda Civil tem vários indícios que apontam para o jovem.

Tudo parece indicar que na decisão do jovem de se entregar às forças de segurança espanholas pesou muito a convicção de que na Espanha o suposto autor teria um julgamento mais objetivo e uma detenção diferente da qual teria nas prisões brasileiras, segundo as fontes.

Por sua vez, a Promotoria de Guadalajara pedirá a prisão provisória de François Patrick.

Assim afirmou à Efe a promotora-chefe de Guadalajara, Dolores Guiard, que justificou esse pedido de prisão provisório "pela gravidade dos fatos e a ausência de firmeza no país" para assegurar assim sua permanência na Espanha.

Sobre as possíveis penas, a promotora-chefe disse que o Código Penal estabelece que os assassinatos de crianças menores de 16 anos são penalizados com prisão permanente que pode ser revisada depois de um tempo.

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