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Brasil se compromete com redução nas emissões de gases de efeito estufa

Compromisso se reflete no interesse em apoiar a prorrogação do Protocolo de Kyoto, que é o acordo atual mais abrangente para a mitigação das mudanças climáticas

Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente: “Se trabalharmos juntos poderemos negociar o mais cedo possível um novo instrumento sobre a Convenção baseado nas recomendações da ciência que inclua todos os países para o período imediatamente pós 2020" (Wilson Dias/ABr)

Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente: “Se trabalharmos juntos poderemos negociar o mais cedo possível um novo instrumento sobre a Convenção baseado nas recomendações da ciência que inclua todos os países para o período imediatamente pós 2020" (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 14h42.

São Paulo - Em seu discurso durante a Conferência Climática da ONU, COP17, a ministra brasileira do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, informou que o Brasil está disposto a aderir às metas obrigatórias de redução nas emissões de gases de efeito estufa, a partir de 2020.

O compromisso também se reflete no interesse brasileiro em apoiar a prorrogação do Protocolo de Kyoto, que é o acordo atual mais abrangente para a mitigação das mudanças climáticas. Como o protocolo expira oficialmente em 2012, ele é um dos grandes temas da conferência que se encerra nesta sexta-feira (9).

Os países europeus são os mais favoráveis à continuidade de Kyoto. Mesmo assim, cobra-se mais esforços dos países em desenvolvimento e ainda espera-se que EUA e China, os maiores poluidores do mundo, assinem o acordo e comprometam-se com as diretrizes de redução nas emissões de gases de efeito estufa.

Para os europeus, é necessário que haja a renovação de Kyoto, para que a partir daí seja projetado um novo acordo mais abrangente e que vigore para todos os países em 2020. O discurso foi reforçado pela ministra brasileira.

“Por isso se todos, repito, todos trabalharmos juntos poderemos negociar o mais cedo possível um novo instrumento legalmente vinculante sobre a Convenção baseado nas recomendações da ciência que inclua todos os países para o período imediatamente pós 2020. Esta é a nossa ambição. Este é o nosso objetivo”, declarou Izabella.

Em resposta às pressões a que vem sofrendo, o representante norte-americano nas negociações da COP 17, Todd Stern, informou que os EUA não são contra as negociações e que até concordam com as sugestões provenientes da União Europeia. O próximo desafio então é conseguir negociar com China e Índia, para que a prorrogação de Kyoto se efetive.

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