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Brasil repudia ataques a consulado dos EUA na Líbia

O ataque provocou quatro mortes, inclusive do embaixador norte-americano Christopher Stevens

Carros são queimados em distúrbios em frente ao consulado americano em Benghazi, Líbia, em 11 de setembro de 2012  (AFP)

Carros são queimados em distúrbios em frente ao consulado americano em Benghazi, Líbia, em 11 de setembro de 2012 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2012 às 11h59.

Brasília – O governo do Brasil condenou hoje (12), em nota, o ataque ao Consulado dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia, que provocou quatro mortes, inclusive do embaixador norte-americano Christopher Stevens. No texto, o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, repudia a violência e ressalta a inviolabilidade das representações diplomáticas e consulares. A nota também se refere aos ataques à Embaixada dos Estados Unidos no Cairo, no Egito.

“O Brasil repudia veementemente os ataques e recorda a obrigação de todos os países de observarem o princípio da inviolabilidade das representações diplomáticas e consulares, como determinado pelas convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e sobre Relações Consulares, de 1961 e 1963, respectivamente”, diz a nota, divulgada pelo Itamaraty.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro lamenta os episódios de violência. “O governo brasileiro tomou conhecimento com consternação dos ataques a representações diplomáticas e consulares norte-americanas no Cairo e em Benghazi”, diz o texto. “O governo brasileiro transmite às famílias dos diplomatas falecidos e ao povo e governo dos Estados Unidos sua solidariedade e condolências pela morte de funcionários a serviço de seu país.”

As primeiras informações são que Stevens morreu asfixiado durante o incêndio. O prédio da representação diplomática ficou destruído. O ataque foi uma reação que faz parte de uma onda de indignação que surgiu em alguns países muçulmanos após a circulação, pela internet, de trechos de um filme que supostamente insulta o profeta Maomé.

Informações preliminares indicam que o vídeo foi produzido por um californiano de 52 anos, chamado Sam Bacile, e promovido por um expatriado egípcio copta, uma etnia da região que prega o cristianismo. Os dois são descritos como tendo posturas críticas ao Islã. Um trailer do filme de baixo orçamento foi postado no YouTube, traduzido para o árabe.

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