Lula - Assembleia Geral da ONU em NY Foto: Leandro Fonseca Data: 19/09/2023 (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 9 de outubro de 2023 às 09h43.
Última atualização em 9 de outubro de 2023 às 10h03.
O governo brasileiro reforçou nesta segunda-feira, 9, a urgência de desbloquear o processo de paz e defendeu a criação de um Estado Palestino "economicamente viável, convivendo em paz e segurança com Israel". O posicionamento foi divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores sobre a reunião do Conselho de Segurança da ONU, que terminou sem um consenso. O Brasil preside o órgão temporariamente. Há dois dias, o grupo palestino Hamas realizou um ataque sem procedentes no território israelense.
A pasta afirmou que o Brasil lamentou profundamente a perda de vidas e condenou os ataques contra civis. "Sublinhou que as partes devem se abster da violência contra civis e cumprir suas obrigações perante o direito internacional humanitário. O Brasil conclamou todos à máxima contenção para evitar uma escalada, com consequências imprevisíveis para a paz e a segurança internacional. Enfatizou ser urgente desbloquear o processo de paz", registrou o MRE em nota.
LEIA TAMBÉM
Na reunião, o governo disse que é preciso uma solução para os dois países e reforçou a necessidade da criação de um Estado Palestino. "O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável, convivendo em paz e segurança com Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas", explicou a pasta.
Em 2010, durante o seu segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a criação do Estado Palestino em visita ao parlamento de Israel. No seu discurso na abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em setembro, o petista mencionou a dificuldade para criação de um estado para o povo da Palestina. “É perturbador ver que persistem antigas disputas não resolvidas e que surgem ou ganham vigor novas ameaças. Bem o demonstra a dificuldade de garantir a criação de um Estado para o povo palestino”, afirmou.
Após o início do conflito, o Brasil e outros países-membros convocaram uma reunião de urgência para este domingo, na sede da organização, em Nova York. A reunião foi fechada à imprensa. Enquanto os Estados Unidos reforçou o apoio a Israel, a China defendeu a criação do Estado independente da Palestina, assim como a Rússia, próxima ao Irã, que é um dos principais financiadores do Hamas.
LEIA TAMBÉM