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Brasil precisa avançar em sustentabilidade, diz Conselho

A entidade, com sede no Rio de Janeiro, reúne 74 grandes companhias nacionais e tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento de práticas sustentáveis no mundo empresarial

“O Brasil tem 48% de sua matriz energética limpa, mas ainda perde muito em assuntos como saneamento, educação e passivo social”, acrescentou Marina Grossi (Amazonia Spress/Reuters)

“O Brasil tem 48% de sua matriz energética limpa, mas ainda perde muito em assuntos como saneamento, educação e passivo social”, acrescentou Marina Grossi (Amazonia Spress/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 13h37.

Rio de Janeiro - O Brasil tem papel de liderança na agenda mundial da sustentabilidade, mas se não avançar com consistência, superando a fase do voluntarismo, pode perder essa condição, disse a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi. A entidade, com sede no Rio de Janeiro, reúne 74 grandes companhias nacionais e tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento de práticas sustentáveis no mundo empresarial.

Marina Grossi destacou que outros países emergentes, como a China, têm investido na corrida verde. “A corrida verde já começou e se o Brasil se não se apropriar das conquistas que já teve, pode perder a competitividade. Vários países como a China, a África do Sul e Índia têm investido pesadamente nisso”, argumentou ao participar hoje (17) do Encontro de Secretários de Meio Ambiente das Capitais Brasileiras, que ocorre até amanhã (18) no Rio.

Durante o evento, será elaborada a carta “Rio pela Sustentabilidade”, com metas e propostas das secretarias para o futuro. O documento será apresentado na cúpula do C-40, grupo que reúne os prefeitos das maiores cidade do mundo, no Forte de Copacabana, durante a Rio+20, em junho.

“O Brasil tem 48% de sua matriz energética limpa, mas ainda perde muito em assuntos como saneamento, educação e passivo social”, acrescentou. Marina Grossi defendeu que os relatórios de sustentabilidade passem a ser obrigatórios tanto em empresas privadas quanto em públicas. De acordo com a presidente do CEBDS, atualmente no Brasil apenas 168 companhias apresentam relatórios de sustentabilidade voluntariamente.

“Esses relatórios hoje não são peças importantes para investidores, nem para acionistas. O voluntarismo já não tem respondido tão bem, é preciso avançar. Se não sairmos das iniciativas de pequena escala para as de grande dimensão, não vamos conseguir a transformação que queremos”, ressaltou.

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