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Brasil oferece avião para retirar asilados em Embaixada da Argentina da Venezuela

Segundo Celso Amorim, a oferta está 'de pé'

Agência o Globo
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Publicado em 15 de agosto de 2024 às 16h42.

Última atualização em 15 de agosto de 2024 às 17h12.

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O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou, nesta quinta-feira, que o Brasil colocou um avião à disposição dos assessores de María Corina Machado que estão asilados na Embaixada da Argentina na Venezuela. Ele disse que a oferta foi feita antes mesmo de o governo brasileiro assumir a custódia da representação em Caracas.

— Essa oferta de mandar um avião brasileiro para retirar as pessoas que estavam antes na Embaixada da Argentina, e agora sob os cuidados brasileiros, para retirá-las de lá, é uma oferta que está de pé — afirmou Amorim, em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.

Os seis assessores da principal líder da oposição na Venezuela se refugiaram na Embaixada da Argentina, em Caracas, em março deste ano. Quando o presidente Nicolás Maduro decidiu expulsar diplomatas argentinos e de outros países que não aceitaram o resultado da eleição de 28 de julho, o Brasil atendeu a um pedido de Buenos Aires para cuidar do posto. Havia rumores de que o prédio poderia ser invadido.

Maduro foi declarado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país. Mas a oposição afirma que o vitorioso foi o diplomata Edmundo González. Desde então, a Venezuela passa por uma crise, marcada por denúncias de tortura e prisões arbitrárias de pessoas que são contra o regime.

Amorim foi perguntado por que María Corina Machado não foi recebida por ele, quando esteve em Caracas a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O assessor de Lula disse ter conversado com González e, com isso, manter o canal de diálogo com Maduro. Mas afirmou que há contatos de alto nível entre ela e autoridades brasileiras.

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