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Brasil não investe o suficiente em energia solar e eólica

País foi o quinto que mais investiu em energias limpas no ano passado, totalizando a soma de US$ 7 bilhões, diz estudo

Constatação foi obtida através da Conferência da Organização das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) (AFP /Vasileios Filis)

Constatação foi obtida através da Conferência da Organização das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) (AFP /Vasileios Filis)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2011 às 15h50.

São Paulo - Um estudo revela que o Brasil deveria se esforçar mais em produzir energia solar e eólica, uma vez que ocupa uma posição favorável no ranking dos que investem em energias renováveis. A afirmação é de um relatório da ONU.

Esta constatação foi obtida através da Conferência da Organização das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), publicado na última terça-feira.

A grande oportunidade de investimento sustentável foi apontada por Anne Miroux, diretora do relatório Tecnologia e Inovação - Potencialização do Desenvolvimento com Energias Renováveis. "O Brasil, devido ao seu clima e à sua superfície, possui um enorme potencial em termos de energia eólica e solar, mas não explora de forma suficiente sua capacidade nessas áreas", afirmou.

De acordo com a diretora, o Brasil está entre os principais países que geram energia renovável, pois investe em setores mais tradicionais como biocombustíveis e geração de energia hidrelétrica. Em contrapartida, salienta que não foca no que chama de “energias modernas”, que é exatamente a eólica e a solar, tão buscada em outros países.

Ainda segundo o documento, o Brasil foi o quinto país que mais investiu em energias limpas no ano passado, totalizando a soma de US$ 7 bilhões. Em primeiro lugar ficou a China com US$ 49 bilhões, em seguida Alemanha (US$ 41,1 bilhões), Estados Unidos (US$ 30 bilhões) e Itália (US$ 14 bilhões).

Apesar de todo o empenho da China, que tem a maior capacidade de produção de energia eólica, sabe-se que o país ainda causa muito impacto ao meio ambiente, porém Anne afirma que só se pode esperar uma mudança em longo prazo. "A China está fazendo grandes esforços em relação ao uso de energias renováveis. Um dos grandes problemas do país são suas centrais térmicas que utilizam carvão. A transição não é simples e não pode ser feita de um dia para o outro", diz.

A diretora do estudo também elogiou a meta fixada pelo governo brasileiro de que 75% da produção de energia em 2030 seja proveniente de fontes renováveis. A meta foi considerada ambiciosa.

O relatório ainda mostrou que os investimentos globais em energias renováveis saltaram de US$ 33 bilhões em 2004 para US$ 211 bilhões no ano passado, o que representa um aumento de 539,4%.

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