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Brasil não intervém em outros países, diz Mourão sobre Venezuela

Declaração do vice-presidente foi dada após Jair Bolsonaro reconhecer o opositor Juan Guaidó como presidente interino do país

Hamilton Mourão: Vice-presidente afirmou que relação entre os países é institucional (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Hamilton Mourão: Vice-presidente afirmou que relação entre os países é institucional (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 19h56.

O Brasil tem como prática não intervir em assuntos de outros países, disse nesta quarta-feira o presidente em exercício, Hamilton Mourão, ao ser questionado sobre a possibilidade de uma intervenção militar brasileira na Venezuela, após o presidente Jair Bolsonaro reconhecer o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, como presidente interino do país vizinho.

Mourão afirmou ainda que o governo brasileiro não mantém conversas com militares venezuelanos e afirmou que o que existe é uma "relação institucional" entre os ministros da Defesa dos dois países.

"O Brasil não participa de intervenção, não é da nossa política externa intervir nos assuntos internos de outros países", disse Mourão.

Mais cedo, quando indagado sobre a possibilidade de enviar as Forças Armadas dos EUA à Venezuela, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que não está considerando nada, mas que todas as opções estão sobre a mesa.

O presidente em exercício, que ocupa o cargo enquanto Bolsonaro está em Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial, também disse que usinas temelétricas são o plano de contingência em caso de problema com a energia venezuelana que é vendida ao Brasil para abastecer Roraima.

"O plano de contingência são as termoelétricas que existem lá. Aí teria que abastecer mais essas termoelétricas com óleo", disse Mourão a jornalistas.

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