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Brasil irá permitir entrada de ucranianos através de visto humanitário

O País já adotou medidas semelhantes em outros casos, como no de imigrantes haitianos e de refugiados sírios e, mais recentemente, de afegãos

Ucranianos protestam contra a Rússia do lado de fora da embaixada russa em Kiev 22/02/2022  (Umit Bektas/Reuters)

Ucranianos protestam contra a Rússia do lado de fora da embaixada russa em Kiev 22/02/2022 (Umit Bektas/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de fevereiro de 2022 às 19h20.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2022 às 19h24.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 28, que permitirá a entrada de ucranianos no Brasil através de vistos humanitários.

"Conversei agora com o Carlos França... nós vamos abrir a possibilidade de ucranianos virem ao Brasil através de visto humanitário, que é mais fácil de vir pra cá," disse Bolsonaro em entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, se referindo ao Ministro das Relações Exteriores.

O Brasil já adotou medidas semelhantes em outros casos, como no de imigrantes haitianos e de refugiados sírios e, mais recentemente, de afegãos.

Na entrevista, Bolsonaro voltou a defender uma neutralidade do Brasil em meio à invasão russa na Ucrânia e alegou questões econômicas. Segundo o presidente, o Brasil é um país que tem "algumas limitações" e precisa "continuar na política de se aproximar de todo mundo".

"Estamos trabalhando com nosso embaixador de modo que o Brasil não seja um dos poucos prejudicados nesta questão. Nosso agronegócio, a locomotiva da nossa economia, como ficamos? Como fica nossa segurança alimentar? Porque sem os fertilizantes, perdemos a produtividade, e obviamente vai ter uma produção cada vez menor", disse.

A Rússia é um dos maiores produtores de fertilizantes do mundo, produto que enfrenta uma escassez internacional nesse momento. Em sua viagem, há duas semanas, a tentativa de garantir um fornecimento para o Brasil foi um dos principais temas das conversas com o governo russo.

"Não queremos naufragar na questão do agronegócio e pretendemos resolver pacificamente o outro lado. Tem que estudar o que aconteceu com os dois países no passado. Não vou dar palpite nesta questão", afirmou.

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