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Brasil foi avisado sobre ação de Juan Guaidó dias antes, diz jornal

Brasil e Grupo de Lima souberam com antecedência sobre nova tentativa de Guaidó para derrubar Nicolás Maduro do poder

O opositor Juan Guaidó: autodeclarado presidente interino da Venezuela, Guaidó tenta derrubar Maduro do poder (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

O opositor Juan Guaidó: autodeclarado presidente interino da Venezuela, Guaidó tenta derrubar Maduro do poder (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 2 de maio de 2019 às 11h23.

Última atualização em 2 de maio de 2019 às 11h51.

São Paulo – A tentativa de derrubada de Nicolás Maduro pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, na última terça-feira, 30 de abril, era de conhecimento do governo brasileiro. De acordo com o jornal O Globo, Brasil, Espanha, Equador, Estados Unidos e os outros 13 países que fazem parte do Grupo de Lima, foram alertados sobre o tema no final da semana passada.

Segundo a publicação, que cita fontes envolvidas nas conversas diplomáticas em Brasília, a informação que esses países receberam foi a de que Guaidó reunia o apoio necessário dos militares da Venezuela, figuras-chave na permanência de Nicolás Maduro no poder. Mas isso não se confirmou durante a tentativa de desestabilização.

Crise na Venezuela

A crise na Venezuela não é novidade, mas ganhou um novo capítulo em 2019 quando Guaidó, que é presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, casa controlada pela oposição ao regime de Maduro, se autodeclarou presidente interino.

O objetivo do opositor, na época, era o de fazer frente à reeleição do chavista, reeleito para um mais termo na presidência após uma eleição contestada, e conduzir o país em uma nova eleição geral.

Desde então, Guaidó recebeu o apoio da maior parte da comunidade internacional, enquanto Maduro continuou contando com países como Rússia e China ao seu lado.

No início desta semana, o opositor deu mais um passo, talvez o seu mais ousado, na tentativa de derrubar Maduro do poder. Convocou a população às ruas e alegou ter conseguido o apoio do aparato militar do país.

Como resultado, protestos contra e a favor o governo de Maduro são registrados em Caracas, capital da Venezuela, e os lados tentam vencer a guerra de informação. Até agora, contudo, ninguém sabe quem é o real vencedor.

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