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Brasil, EUA e Índia: onde o coronavírus ressurge (ou acelera) no mundo

O primeiro registro de infeccção por coronavírus foi feito na China em dezembro. Seis meses depois, chega a 9 milhões o número de casos no mundo

 (Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

(Jonne Roriz/Bloomberg/Getty Images)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 25 de junho de 2020 às 12h24.

Última atualização em 25 de junho de 2020 às 13h49.

Assim que conseguiram achatar as curvas de números de casos de covid-19 — cada um em seu tempo—, países começaram a relaxar gradativamente as regras de distanciamento social adotadas durante a pandemia do coronavírus.

Aconteceu na China, Itália, Alemanha, nos Estados Unidos e até no Brasil, onde a curva ainda é ascendente. Todos foram permitindo que a economia voltasse a funcionar. De umas semanas para cá, porém, a doença tem tido novos avanços, o que acendeu um sinal de alerta no mundo. O primeiro caso veio a público em dezembro. Desde então, chega a 9 milhões o número total contaminações.

No centro das atenções agora está os Estados Unidos, que tiveram ontem a quarta maior marca de novos casos de coronavírus em 24 horas. Foram mais 34.313 contaminações, o maior número desde 23 de abril, quando houve  novas 37.144 infecções.

A abertura apressada no país tem se refletido em novos focos da doença, sobretudo em estados do sul e do oeste, como Texas, Califórnia e Flórida, onde a capacidade do sistema de saúde chega perto do limite novamente.

Para medir se a doença está avançando num país, os especialistas usam como base o número de casos novos em um dia. Se for menor em relação ao dia anterior por vários dias seguidos, significa que a curva está se achatando.

No Brasil, que atingiu o marco sombrio de 1 milhão de casos na semana passada, esse movimento vem sendo observado em dezenas de estados desde o fim de abril. Com a reabertura do gradativa do comércio, a queda do número de casos foi revertida em algumas regiões. O país já é o segundo em número de mortes, perdendo só para os Estados Unidos.

O Brasil é o país que mais registrou mortes e casos no período de um dia. Nesta quarta, foram mais 1.103 vítimas em 24 horas e 40.995 novos casos. O país tem como agravante o fato de ser o país que menos testa no mundo. O baixo número de testes em comparação com o tamanho da sua população mascara a realidade: Pode chegar a 8 milhões o número real de casos de covid-19 no país, indica estudo.

Na Índia, país mais populoso do planeta, as autoridades de Saúde anunciaram um aumento recorde de mortes por dia de terça para quarta-feira: 465, levando para 14.476 o número de vítimas da pandemia no país.

Assim como no Brasil, a Índia também faz poucos testes na população, o que faz especialistas alertarem para a existência de uma forte subnotificação. A dificuldade de acessar a população que precisa dos serviços de saúde também é um problema.

Na lista de países que mais sofrem com a covid-19, a Índia vem em quarto, com 456,.83 casos e 14.476 mortes, atrás de EUA, Brasil e Rússia.

A Alemanha, vista inicialmente como modelo de cobate ao vírus, também sofre com o temor de uma nova onda de contaminação.  Alguns distritos, como é o caso do distrito de Gütersloh, no oeste do país, onde 1.553 funcionários de um frigorífico testaram do positivo para a doença, voltaram a endurecer as regras para evitar uma nova onda.

Em Gütersloh, até a segunda ordem, restaurantes, bares  e cinemas voltaram a ser proibidos de abrir. A prática de esportes e outras atividades em locais fechados também foram proibidas. Esse não foi o primeiro frigorífico a apresentar esse tipo de problema no país, o que esquentou o debate sobre as condições de trabalho dos funcionários do ramo.

A Alemanha tem 192.871 casos confirmados de coronavírus e 8.933 mortes, segundo contagem da Universidade americana Johns Hopkins.

A Universidade monitora a evolução dos surtos nos 10 países mais afetados. Atualmente, estão na lista Brasil, México, EUA, Índia, Irã, Colômbia, Iraque, África do Sul e Bangladesh.

 

 

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