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Brasil envia diplomata a Damasco para mediar fim da repressão

A diplomacia brasileira participará m uma missão junto com a Índia e a África do Sul

Protesto na Síria contra Bashar al Assad: a missão conjunta tentará ajudar a conter a violência que já deixou centenas de mortos no país
 (Marwan Naamani/AFP)

Protesto na Síria contra Bashar al Assad: a missão conjunta tentará ajudar a conter a violência que já deixou centenas de mortos no país (Marwan Naamani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2011 às 16h21.

Brasília - O Brasil enviou um diplomata a Damasco para participar na quarta-feira de uma reunião na qual tentará, junto com a Índia e a África do Sul, mediar o fim da repressão governamental síria aos protestos, informaram nesta terça-feira fontes oficiais brasileiras.

O representante do Brasil nas conversas será o subsecretário para o Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, Paulo Cordeiro, que já está em Damasco.

Diplomatas enviados pelos três países participarão de um encontro nesta quarta-feira com representantes do presidente sírio, Bashar Al Assad, para tentar achar uma solução negociada que coloque fim aos protestos contra o governante e à repressão contra a oposição em várias cidades sírias, segundo as mesmas fontes.

A tentativa de mediação é uma iniciativa do fórum internacional conhecido como IBAS (Índia, Brasil e África do Sul).

Os três países aprovaram o comunicado de quarta-feira passada no qual o Conselho de Segurança da ONU condenou o regime sírio pela violenta repressão que exerceu contra a população civil desde o início dos protestos e pediu uma cessação imediata da violência.

Os representantes do IBAS, no entanto, rejeitam a aprovação de qualquer sanção à Síria ou intervenção no país e defenderam uma negociação entre o Governo e a oposição que ponha fim às violações dos direitos humanos e aos enfrentamentos e permita impulsionar as reformas exigidas pelos manifestantes.

Na segunda-feira, em um pronunciamento feito junto ao primeiro-ministro do Canadá, Stephen Harper, a presidente Dilma Rousseff reiterou a necessidade de um diálogo e de uma solução pacífica para a crise política que afeta os países árabes do norte da África e do Oriente Médio.

Em comunicado divulgado na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores já tinha condenado a violenta repressão das forças de segurança sírias aos manifestantes que deixaram mais de 100 mortos na cidade de Hama.

Na quinta-feira passada um grupo de organizações defensoras dos direitos humanos, entre elas a Anistia Internacional (AI) e a Human Rights Watch (HRW), pediu a Brasil, Índia e África do Sul que pressionassem o Governo da Síria para que colocasse fim "ao uso letal da violência" e a outros excessos cometidos contra os manifestantes.

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