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Brasil encoraja emergentes a disputar vaga de Zoellick no BM

Guido Mantega disse que a realidade mudou e defendeu a indicação de um não-americano para comandar o Banco Mundial

Robert Zoellick anunciou que não vai continuar a frente do Banco Mundial (Getty Images)

Robert Zoellick anunciou que não vai continuar a frente do Banco Mundial (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2012 às 15h12.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira que a decisão de Robert Zoellick de não renovar seu mandato como presidente do Banco Mundial (BM) deve encorajar os países emergentes a apresentar um candidato para disputar esse cargo.

'Haverá um conflito de interesses, porque no passado os países emergentes tinham muito pouca presença e as nações avançadas dividiam todos os organismos internacionais e reservavam o Banco Mundial para os Estados Unidos', declarou Mantega em entrevista coletiva depois que Zoellick anunciou hoje que no próximo dia 30 de junho abandonará seu cargo.

Mantega afirmou que hoje a realidade econômica mundial 'é outra' e assegurou que os países emergentes agora 'pleiteiam mudar essas regras', pois 'não há razão para que o presidente do Banco Mundial tenha uma nacionalidade específica', embora o principal acionista dessa entidade seja os EUA.

'Vamos trabalhar para que isso não ocorra', declarou em alusão à possível eleição de outro americano para o cargo, e apontou que o objetivo do Brasil é que 'algum representante dos países emergentes esteja nas mesmas condições de pleitear um cargo nesses organismos'. 

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