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Brasil e Venezuela entram em Conselho da ONU

Em uma votação direta e secreta, também foram eleitos outros 15 países


	Logotipo da ONU: Brasil teve o respaldo de 184 nações, a Venezuela o de 154 e a Argentina, de 176. Para serem eleitos, precisavam de 93
 (Mike Segar/Reuters)

Logotipo da ONU: Brasil teve o respaldo de 184 nações, a Venezuela o de 154 e a Argentina, de 176. Para serem eleitos, precisavam de 93 (Mike Segar/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2012 às 18h59.

Nações Unidas - A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta segunda-feira a entrada da Venezuela no Conselho de Direitos Humanos da organização, em uma eleição na qual também foram escolhidos Brasil e Argentina pela América Latina, para o lugar de Cuba, México e Uruguai.

Em uma votação direta e secreta, também foram eleitos outros 15 países: Alemanha, Coreia do Sul, Costa do Marfim, Emirados Árabes Unidos, Estônia, Etiópia, Gabão, Irlanda, Japão, Cazaquistão, Quênia, Montenegro, Paquistão, Serra Leoa e Estados Unidos.

A entrada da Venezuela no CDH, que será formalizada no dia 1º de janeiro do ano que vem, foi criticada por organizações de direitos humanos como Human Rights Fundation e UN Watch, que consideram que o país não cumpre os requisitos para poder integrar uma organização que zela pela proteção dos direitos universais.

Na votação, que terminou no plenário da Assembleia Geral pouco antes do meio-dia local (15h de Brasília) e contou com três abstenções e um voto inválido, o Brasil teve o respaldo de 184 nações, a Venezuela o de 154 e a Argentina, de 176. Para serem eleitos, precisavam de 93.

O embaixador da Venezuela na ONU, Jorge Valero, afirmou à Agência Efe após a eleição que seu país agradece o 'arrasador' apoio à revolução bolivariana, uma vitória 'sem precedentes' do governo de Hugo Chávez ante o que definiu como uma campanha orquestrada por outros países para evitar sua entrada no CDH.

Para o embaixador Valero, a escolha da Venezuela mostra que seu país está cumprindo 'de maneira escrupulosa' os direitos humanos, e seu governo 'não se preocupam' com as críticas de 'determinadas organizações que, na realidade, são instrumentos de potências estrangeiras que financiam a subversão' em seu país.


Japão, Coreia do Sul, Emirados Árabes, Cazaquistão e Paquistão representarão o bloco asiático no conselho, sucedendo Arábia Saudita, Bangladesh, China, Jordânia e Quirguistão.

Pela África, Costa do Marfim, Etiópia, Gabão, Quênia e Serra Leoa entrarão no lugar de Camarões, Djibuti, Mauritânia, Ilhas Mauricio e Nigéria, enquanto pelo bloco do Leste Europeu, Estônia e Montenegro sucederão Hungria e Rússia.

Pelo bloco de países ocidentais, os Estados Unidos mantiveram o assento que ocupavam no conselho, e Bélgica e Noruega serão substituídos por Alemanha e Irlanda. 

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