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Após escândalo, Brasil e Paraguai anulam acordo energético sobre Itaipu

Acordo sobre Itaipu mergulhou o governo do paraguaio Mario Abdo em uma crise política. Acusado de traição, ele agora enfrenta a ameaça de um impeachment

Mario Abdo e Bolsonaro: Brasil e Paraguai anulam acordo energético firmado em maio (Palácio do Planalto/Flickr)

Mario Abdo e Bolsonaro: Brasil e Paraguai anulam acordo energético firmado em maio (Palácio do Planalto/Flickr)

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AFP

Publicado em 1 de agosto de 2019 às 12h54.

Última atualização em 1 de agosto de 2019 às 15h44.

São Paulo - Paraguai e Brasil decidiram anular um ato bilateral para a distribuição de energia hidrelétrica de Itaipu, assinado em maio passado, e que desencadeou uma crise política para o o governo do presidente Mario Abdo, informaram fontes oficiais.

O documento "será devolvido às instâncias técnicas para a negociação da contratação de energia elétrica da Itaipu Binacional", afirma um comunicado oficial divulgado nesta quinta-feira. Abaixo, veja o documento oficial da anulação:

Documento que anula acordo sobre Itaipu

Crise política no Paraguai

O presidente paraguaio, Mario Abdo, viu seu governo mergulhar em uma profunda crise política após detalhes do acordo sobre Itaipu, firmado entre Brasil e Paraguai em maio passado, virem à tona.

O documento se tornou conhecido na semana passada, e elevaria os custos para a estatal de eletricidade do Paraguai em mais de 200 milhões de dólares, segundo declarou um ex-presidente da entidade.

Como resultado, Abdo foi acusado de traição pela oposição e agora enfrenta a ameaça de impeachment. Após a notícia da anulação do acordo, no entanto, opositores recuaram de iniciar o processo. 

 

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