Mundo

Brasil diz não temer problemas com Petrobras na Argentina

Segundo o ministro Edison Lobão, a desapropriação da YPF não assusta a estatal brasileira

Como a Petrobras tem muitos investimentos no país vizinho, existe o temor de que algo semelhante possa ser feito com a empresa brasileira (Antônio Cruz/ABr)

Como a Petrobras tem muitos investimentos no país vizinho, existe o temor de que algo semelhante possa ser feito com a empresa brasileira (Antônio Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2012 às 16h36.

Brasília – O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje (19) que o governo não está preocupado com possíveis problemas da Petrobras na Argentina. Segundo ele, em reunião que será realizada amanhã (20) com o ministro do Planejamento argentino, Julio De Vido, o governo brasileiro vai apenas “ouvir e redarguir [replicar]”.

“Não estamos visualizando nenhum problema com a Argentina, não podemos colocar o carro adiante dos bois. Nossas relações da Petrobras com a Argentina estão em plena normalidade, não há o que abordar sobre o assunto”, disse Lobão.

Na última segunda-feira (16), o governo argentino anunciou a proposta de expropriação da petrolífera YPF, administrada pela espanhola Repsol, alegando falta de investimentos da empresa no país. Como a Petrobras tem muitos investimentos no país vizinho, existe o temor de que algo semelhante possa ser feito com a empresa brasileira.

Um dos assuntos abordados na reunião de amanhã será o aumento de investimentos da Petrobras na Argentina, que já foi debatido recentemente em visita recente de Lobão a Buenos Aires. Outro tema que entrará em debate será a construção das usinas hidrelétricas Garabi e Panambi, que serão construídas em parceria entre os dois países.

Lobão também relatou que o presidente uruguaio, José Mujica, pediu hoje o aumento do volume de energia fornecida pelo Brasil ao seu país. Atualmente, o Brasil fornece 300 megawatts de energia, e o Uruguai pediu que o fornecimento suba para 500 megawatts, mas, segundo Lobão, o Brasil não poderá atender a essa demanda imediatamente.

“Neste momento, estamos com uma seca intensa no Rio Grande do Sul. Nossas hidrelétricas estão praticamente paralisadas no estado. Estamos enviando energia de outros estados para o Rio Grande do Sul e não podemos dispor desta energia para outro país neste momento”, disse. O ministro garantiu que o Brasil vai despachar energia de uma termelétrica de Uruguaiana (RS) para atender ao país vizinho.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCapitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas espanholasEmpresas estataisEstatais brasileirasIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoRepsol YPF

Mais de Mundo

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô