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Brasil convoca embaixador e pede que Egito proteja civis

A Chancelaria brasileira já tinha condenado na quinta-feira a "brutalidade da repressão" a opositores no Egito


	Manifestantes que apoiam o presidente deposto do Egito Mohamed Mursi levam manifestante ferido: maioria das vítimas da repressão é partidária de Mursi
 (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

Manifestantes que apoiam o presidente deposto do Egito Mohamed Mursi levam manifestante ferido: maioria das vítimas da repressão é partidária de Mursi (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 19h52.

Brasília - O Governo do Brasil convocou nesta sexta-feira para consultas o embaixador do Egito em Brasília, Hossameldin Mohammed Ibrahim Zaki, para manifestar sua "consternação" com a grave situação naquele país e para lembrá-lo que as autoridades egípcias são responsáveis pela segurança dos manifestantes civis.

"O Governo brasileiro lembrou ao embaixador o entendimento que a responsabilidade pela proteção de civis e pela interrupção da violência recai sobre o Governo interino egípcio", segundo um comunicado divulgado pela Chancelaria.

Na reunião, o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Eduardo dos Santos, disse ao diplomata a preocupação do Governo brasileiro com a segurança de "manifestantes civis desarmados e dos cidadãos brasileiros".

A Chancelaria brasileira já tinha condenado na quinta-feira a "brutalidade da repressão" a opositores no Egito, que derivou em distúrbios nos quais morreram cerca de 600 pessoas.

O Brasil também pediu o diálogo e a conciliação "para que cheguem sem violência às justas aspirações do povo egípcio pela liberdade, a democracia e a prosperidade, expressadas na Revolução do dia 25 de janeiro".

Os confrontos prosseguiram nesta sexta-feira no Egito com dezenas de mortos depois que os islamitas saíram às ruas para protestar contra a operação policial da quarta-feira em dois de seus acampamentos no Cairo, que acabou em distúrbios com quase 600 mortos.

A maioria das vítimas da repressão é partidária do presidente deposto Mohamed Mursi.

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