O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, destacou que a Rio +20 pretende construir a agenda do desenvolvimento sustentável para os próximos 20 anos (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2012 às 13h29.
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje (19) que o papel do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, será estratégico na busca por um consenso entre os países participantes.
“O Brasil tem na conferência uma oportunidade única de buscar, no seu papel como anfitrião, a convergência, o diálogo”, disse ao participar da reunião Diálogos Federativos Rumo à Rio+20, em Brasília. “O debate que colocamos na mesa é estruturante sobre o papel estratégico da questão ambiental nas opções de desenvolvimento. Mas esse papel tem de ser construído com a sociedade também”, alertou a ministra.
Segundo Izabella, é preciso discutir o conceito de cidades sustentáveis tendo em vista cada realidade regional. “Discutir esse assunto no Acre é diferente de discutir no Pantanal ou no Nordeste. O modelo de governança ambiental no Brasil precisa ser modernizado, atualizado”, ressaltou.
Os Diálogos Federativos Rumo à Rio+20 visam a ampliar o debate com estados e municípios para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
O último encontro ocorrerá durante a conferência e terá como resultado um documento sobre o conjunto de ações voltadas para a sustentabilidade. “É um grande esforço, uma grande somatória de participação, engajamento, envolvimento, de vontade e de compromisso político para que a Rio+20 atinja seu grande objetivo de alertar o mundo que o desenvolvimento sustentável é possível”, disse a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ao participar do evento.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, destacou que a Rio +20 pretende construir a agenda do desenvolvimento sustentável para os próximos 20 anos. Segundo ele, o Brasil defende que o conceito de economia verde seja concebido de forma flexível, adotado por cada país individualmente e adaptado à sua realidade. “A economia verde deve ser inclusiva, plenamente inserida no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza”, acrescentou.