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Brasil e Argentina avançam no projeto de cooperação nuclear

O reator brasileiro, de responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), será construído a um custo de R$ 150 milhões

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Buenos Aires - Técnicos do Brasil e da Argentina avançaram hoje (27) na discussão sobre o projeto conjunto de construção de um reator nuclear, no encerramento de uma série de reuniões em Buenos Aires. Cada país construirá o seu reator para atender as suas necessidades, mas eles terão praticamente as mesmas especificações técnicas.

Em entrevista na embaixada do Brasil na capital argentina, a subsecretária-geral do Itamaraty, Vera Machado, disse que os técnicos dos dois países concluíram que a viabilidade do projeto é grande. "A cooperação que estamos discutindo pode ser ampliada para vários outros campos, de acordo com as oportunidades que as pesquisas vão oferecer quando os reatores estiverem prontos. Do ponto de vista político, há o comprometimento pela continuidade na cooperação nuclear."

O reator brasileiro, de responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), será construído a um custo de R$ 150 milhões - já alocados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia – nas imediações do Centro Experimental Aramar, em Iperó (SP), e deverá entrar em operação em 2016. O centro de Aramar é responsável pelo desenvolvimento de pesquisas nucleares da Marinha do Brasil. O local de construção do reator argentino ainda não foi definido.

De acordo com o presidente da Cnen, Odair Dias Gonçalves, os reatores permitirão a realização de testes de materiais. "Para poder avançar, a indústria nuclear precisa testar materiais sob radiação intensa e esse é um dos objetivos dos reatores. Com eles também poderão ser realizadas pesquisas básicas e aplicadas". O projeto de construção dos reatores deverá ter continuidade em 2011.
 
Especialistas da Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade e Controle (Abac), Comissão Binacional de Energia Nuclear (Coben) e do Comitê Permanente de Política Nuclear (CPPN) participaram das reuniões em Buenos Aires. O próximo encontro para debater o projeto conjunto ocorrerá em outubro deste ano, no Rio de Janeiro.

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