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Brasiguaios vão pedir a Dilma que reconheça Franco

"O Brasil considera que o procedimento adotado compromete pilar fundamental da democracia, condição essencial para a integração regional", destacou o Itamaraty

Novo presidente do Paraguai, Federico Franco: objetivo dos brasiguaios é convencer o governo Dilma de que Franco seguirá a determinação da Justiça (Reuters/Mario Valdez)

Novo presidente do Paraguai, Federico Franco: objetivo dos brasiguaios é convencer o governo Dilma de que Franco seguirá a determinação da Justiça (Reuters/Mario Valdez)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2012 às 15h39.

São Paulo - Representantes dos seis mil agricultores e produtores rurais brasileiros que moram no Paraguai (chamados de brasiguaios) vão solicitar que a presidente Dilma Rousseff aceite o governo do novo presidente paraguaio, Federico Franco, conforme informações da Agência Brasil. Ontem, em nota, o Itamaraty informou que "o governo brasileiro condena o rito sumário de destituição do mandatário do Paraguai", decidido em 22 de junho, em que não foi adequadamente assegurado o amplo direito de defesa de Fernando Lugo.

"O Brasil considera que o procedimento adotado compromete pilar fundamental da democracia, condição essencial para a integração regional", destacou o Itamaraty, no documento publicado.

A estratégia dos brasiguaios é, inicialmente, solicitar ao cônsul brasileiro em Ciudad del Este, embaixador Flávio Roberto Bonzanini, que envie o pedido de reconhecimento de Franco à presidente Dilma. O próximo passo será dado amanhã (25), segundo a Agência Brasil, quando um grupo pretende ir a Assunção para ratificar o apelo na embaixada brasileira.

O objetivo dos brasiguaios é convencer o governo Dilma de que Franco seguirá a determinação da Justiça, permitindo que os mesmos permaneçam em suas terras com segurança para continuar trabalhando. Enquanto isso, o governo brasileiro estuda, ao lado dos parceiros do Mercosul e da Unasul, medidas a serem tomadas por conta da "ruptura da ordem democrática no Paraguai".

Porém, segundo nota do Itamaraty, o governo brasileiro "não tomará medidas que prejudiquem o povo irmão do Paraguai" e o embaixador do Brasil em Assunção está sendo chamado a Brasília para consultas. (Equipe AE)

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