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Branco que matou negro nos EUA será julgado em 16/11

O julgamento de Ray Tensing, acusado de matar um homem negro desarmado com um tiro na cabeça, começará em 16 de novembro


	Atirador dispara revólver: acusado está em liberdade após ter pagado fiança US$ 1 milhão e se declarar inocente
 (Warren Little/Getty Images)

Atirador dispara revólver: acusado está em liberdade após ter pagado fiança US$ 1 milhão e se declarar inocente (Warren Little/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2015 às 17h53.

Washington - O julgamento de Ray Tensing, o policial branco acusado de matar um homem negro desarmado com um tiro na cabeça em Cincinnati, em Ohio, começará em 16 de novembro, informou nesta quarta-feira a juíza Megan Shanahan.

Tensing, de 25 anos e policial da Universidade de Cincinnati, é acusado formalmente do homicídio de Samuel Dubose, de 43 anos, a quem deteve quando dirigia porque seu carro circulava sem placa.

O acusado está em liberdade após ter pagado fiança US$ 1 milhão e se declarar inocente. Se condenado a pena máxima, pode pegar prisão perpétua.

Seu advogado de defesa, Stewart Matthews, disse ao jornal local "Journal-News" que irá tentar mudar o lugar do julgamento para fora do condado de Hamilton, onde o processo está aberto, pela pressão que o júri pode enfrentar.

"Obviamente estamos preocupados com a localização aqui no condado de Hamilton. O problema é a sombra que pesa sobre ele, que haverá violência na cidade se não for condenado", explicou Matthews.

Toda a ação do policial contra o motorista foi gravada pela câmera que o agente carregava acoplada ao uniforme. Os fatos aconteceram em 19 de julho, quando, após parar Dubose, ambos começaram a discutir até que Tensing atirou pela janela do carro, quando aparentemente o motorista ia arrancar.

Tensing disse que nesse momento temeu por sua vida ao crer que Dubose ia atropelá-lo, e por isso disparou. Diferentemente dessa versão, o promotor do condado de Hamilton, Joseph Deters, que apresentou as acusações, garantiu que Tensing "nunca deveria ter sido um policial".

Este é o caso mais recente de uma série de episódios fatais protagonizados pela Polícia dos Estados Unidos e a comunidade negra que elevaram as tensões raciais no país e puseram em dúvida as práticas dos agentes.

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