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BP tem 72h para formular plano contra vazamento

Governo dos EUA quer que a empresa britânica comece a utilizar processos alternativos de recuperação do petróleo derramado sobre o Golfo do México

Funcionário da BP analisa vazamento de petróleo no Golfo do México (.)

Funcionário da BP analisa vazamento de petróleo no Golfo do México (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Washington - O governo americano deu à companhia British Petroleum (BP) um ultimato de 72 horas para que apresente um plano detalhado sobre como deterá o vazamento no Golfo do México, diz uma carta oficial divulgada nesta quarta-feira.

"A BP deve apresentar seus planos relacionados a processos paralelos, contínuos e alternativos de recuperação de petróleo, incluindo um calendário, 72 horas depois da recepção deste comunicado", diz a carta, datada de terça-feira e enviada pelo contra-almirante da Guarda Costeira, James Watson, ao chefe de operações da BP, Doug Suttles.

O governo também ordena a BP relatar as demandas paresentadas contra ela por pessoas ou empresas prejudicadas pelo vazamento do óleo.

O encarregado americano do controle de desastres, Thad Allen, pede à BP, no documento, "informação detalhada sobre esses processos, assim como os cálculos do pagamento de indenizações.

A medida foi tomada em meio a muitas críticas pela falta de informação sobre a quantidade de petróleo que está sendo recuperada e a que continui a fluir no oceano, gerando o que o governo declarou como o maior desastre ecológico da história dos Estados Unidos.

Na terça-feira, cientistas alertaram que grandes faixas de petróleo não se integram à maré negra que cobre a superfície de parte do Golfo do México e se mantêm circulando no fundo do mar, uma situação que, alertaram, pode ser devastadora para o ecossistema submarino da região.

"Amostras de água retiradas da região e analisadas por especialistas mostraram extensas faixas de petróleo em profundidades entre 50 e 1.400 metros", disse à AFP o oceanógrafo Yonggang Liu, da Universidade do Sul da Flórida (USF, na sigla em inglês).

"Esse petróleo em águas profundas é invisível para os satélites", disse Liu, da Escola de Ciências Marinhas da USF, que integra uma equipe de especialistas de várias entidades especializadas que acompanham a circulação do vazamento na superfície e debaixo d'água.

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