Mundo

Ações da BP caem em fase crítica de combate a vazamento

Houston/Londres - A luta da BP para conter o vazamento de petróleo de um poço seu no Golfo do México está perto de uma fase potencialmente importante nesta sexta-feira. As preocupações sobre o custo do processo de limpeza motivavam queda expressiva das ações da empresa. A Guarda Costeira norte-americana afirmou que a petrolífera britânica planeja […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Houston/Londres - A luta da BP para conter o vazamento de petróleo de um poço seu no Golfo do México está perto de uma fase potencialmente importante nesta sexta-feira. As preocupações sobre o custo do processo de limpeza motivavam queda expressiva das ações da empresa.

A Guarda Costeira norte-americana afirmou que a petrolífera britânica planeja mais que dobrar sua capacidade de coleta do petróleo que vaza de uma fenda em um poço de exploração em águas profundas, mas uma tempestade ameaça interromper os trabalhos por alguns dias.

A BP e o governo norte-americano estão de olho no tempo, com um furacão ganhando força no oeste do Mar do Caribe.

A empresa afirmou que já gastou 2,35 bilhões de dólares até agora em reparações e na limpeza da mancha, no desastre ecológico causado pelo pior vazamento de petróleo da história dos Estados Unidos. O valor não inclui os 20 bilhões de dólares que a BP prometeu investir em um fundo, nem mais outros bilhões de dólares que terá que pagar de multas.

Após mais de dois meses de vazamento, a BP afirmou que está perfurando outros dois poços para interceptar o poço rompido. Trata-se da melhor chance da empresa de acabar com o vazamento, e o processo deve ser concluído em agosto.

Em 20 de abril, uma explosão na plataforma de exploração Deepwater Horizon matou 11 trabalhadores e rompeu o poço a 1,6 quilômetro da superfície. O poço vem jorrando milhares de barris de petróleo no mar diariamente, e a mancha ameaça as indústrias de turismo e pesca da região.

Ações da BP

Qualquer interrupção nos trabalhos de limpeza do petróleo pode pressionar o presidente norte-americano Barack Obama, que enfrenta duras críticas sobre como vem lidando com a crise, e a BP, que já perdeu 100 bilhões de dólares de seu valor de mercado desde o desastre.

Em Londres, as ações da BP caíram 6,4 por cento nesta sexta-feira, com o preço do papel da companhia em seu nível mais baixo desde 1996, devido a rumores de que a BP precisaria de mais dinheiro para financiar o processo de limpeza, além de temores sobre a tempestade que paralisaria os trabalhos para conter o vazamento.

Em Nova York, às 16h16 (horário de Brasília) os recibos de ações da BP perdiam 6,4 por cento.

Acompanhe tudo sobre:AçõesEnergiaPetróleoPoluiçãoQuímica e petroquímica

Mais de Mundo

Eleições na Romênia agitam país-chave para a Otan e a Ucrânia

Irã e Hezbollah: mísseis clonados alteram a dinâmica de poder regional

Ataque de Israel ao sul do Líbano deixa um militar morto e 18 feridos

Trump completa escolha para altos cargos de seu gabinete com secretária de Agricultura