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BP admite fracasso para conter vazamento de petróleo

Robert (EUA) - A arriscada operação para conter um vazamento de petróleo no Golfo do México fracassou, informou neste sábado (29) a companhia de petróleo britânica BP, que acrescentou que buscará uma nova estratégia. "Depois de três dias inteiros tentando selar o vazamento, fomos incapazes de conter o fluxo" de petróleo, disse o chefe de […]

Petróleo se espalhou a um ritmo de 2 a 3 milhões de litros por dia (.)

Petróleo se espalhou a um ritmo de 2 a 3 milhões de litros por dia (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Robert (EUA) - A arriscada operação para conter um vazamento de petróleo no Golfo do México fracassou, informou neste sábado (29) a companhia de petróleo britânica BP, que acrescentou que buscará uma nova estratégia.

"Depois de três dias inteiros tentando selar o vazamento, fomos incapazes de conter o fluxo" de petróleo, disse o chefe de operações da BP, Doug Suttles, em uma entrevista coletiva à imprensa.

"Tomamos a decisão de passar para uma nova opção" nos esforços para obter êxito nesta operação, acrescentou.

Questionado sobre o que falhou na última operação, batizada 'Top kill', Suttles disse que não sabe. "Não temos claro", explicou. "Não fomos capazes de conter permanentemente o fluxo", acrescentou.

A guarda costeira americana disse estar decepcionada com o anúncio.

"Obviamente estamos muito decepcionados com o anúncio de hoje, e sei que todos vocês estão muito ansiosos para ver este poço tapado", disse a oficial da Guarda Costeira, Mary Landry, na entrevista coletiva.

Agora os esforços ficarão concentrados em cortar canos danificados que estão no fundo do oceano, para que depois seja instalado um receptáculo ou contêiner para acumular o petróleo despejado, para depois bombeá-lo para a superfície.

A BP e a Guarda Costeira estimaram que levará entre quatro e sete dias para que o artefato - batizado "Lower Marine Riser Package" (LMRP) - possa ser instalado.

A operação frustrada, altamente delicada e sem precedentes nesta profundidade (1.500 metros), consistia em jogar no vazamento uma mistura de água e de materiais sólidos.

A BP, que explorava uma plataforma que afundou no dia 22 de abril e causou a catástrofe, também injetou destroços para facilitar o trabalho de contenção.

O petróleo se espalhou pelo golfo a um ritmo de 2 a 3 milhões de litros por dia depois do naufrágio da plataforma Deepwater Horizon, segundo especialistas a serviço do governo americano.

Na sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu "continuar fazendo tudo o que for necessário para que os americanos e seus meios de vida fiquem a salvo do vazamento".

Obama disse ainda que ordenou à secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano, e ao coordenador das operações no Golfo, almirante Thad Alle, que "tripliquem os efetivos onde a mancha de óleo alcançou o litoral" ou onde pudesse chegar até este sábado.

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