Bakir Izetbegovic, presidente da Bósnia: para tentar fazer parte da Otan, a Bósnia tem, primeiro, que se desfazer de mais de 16.500 toneladas de munições e de mais de 40 mil itens de armamento, sobras da guerra de 1992-95 (Dado Ruvic/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2015 às 15h48.
Sarajevo - A Bósnia doou mais de 550 toneladas de armas e munições sobressalentes ao Iraque como parte de seu envolvimento na coalizão liderada pelos Estados Unidos contra os militantes do Estado Islâmico, afirmou o ministro da Defesa do país balcânico nesta segunda-feira.
A doação foi feita a pedido dos EUA e diz respeito a armas e munições produzidas décadas atrás, quando a Bósnia era parte da hoje extinta Federação Iugoslava, disse o ministro, Zekerijah Osmic, a repórteres.
“Admito que continuaremos a conversar sobre este tópico com nossos parceiros, neste caso a embaixada dos EUA, e que é possível dar sequência com doações semelhantes no futuro”, disse Osmic.
De acordo com as reformas de defesa patrocinadas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e pelos EUA, a Bósnia tem que se desfazer de mais de 16.500 toneladas de munições e de mais de 40 mil itens de armamento, sobras da guerra de 1992-95 na qual mais de 100 mil pessoas morreram.
A Bósnia não é membro da Otan, mas deseja fazer parte da aliança.
Muitas das armas sobressalentes, mantidas em armazéns muitas vezes próximos de assentamentos humanos, estão enferrujando e podem se tornar uma ameaça à segurança dos cidadãos, disse Osmic.
Trata-se da primeira doação bósnia a Bagdá na luta da coalizão contra o Estado Islâmico, mas a Bósnia já fez doações tanto ao Iraque quanto ao Afeganistão quando tropas de seu país serviram em missões internacionais nestes locais.