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Boris Johnson apoia May e nega candidatura para substituí-la

Jornal sugeriu que o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido estivesse preparando uma candidatura para substituir a primeira-ministra

Theresa May: Boris Johnson disse que "apoia 100%" a primeira-ministra (Toby Melville/Reuters)

Theresa May: Boris Johnson disse que "apoia 100%" a primeira-ministra (Toby Melville/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de junho de 2017 às 16h49.

Londres - O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, expressou neste domingo (11) através de um porta-voz o seu apoio "cem por cento" à primeira-ministra, Theresa May, e negou que esteja preparando uma candidatura para substituí-la, como sugere o tabloide "The Mail On Sunday".

"O ministro de Relações Exteriores apoia cem por cento a primeira-ministra e está trabalhando com ela para conseguir o melhor acordo para o Reino Unido", apontou esse porta-voz.

O jornal "The Sunday Times" publicou neste domingo, por sua vez, que Johnson recebeu pressões por parte de outros cinco membros do gabinete do governo para encabeçar uma rebelião contra May, que perdeu a maioria absoluta no parlamento nas eleições gerais da última quinta-feira.

Desde que saiu o resultado das eleições, Johnson "foi inundado por mensagens de apoio" que o incentivavam a dar um passo adiante para disputar liderança da primeira-ministra, segundo indicou um "aliado" do ministro de Relações Exteriores ao jornal britânico.

A pressão sobre May obrigou ontem a chefe de governo a aceitar a saída de dois dos seus assessores mais próximos, que apresentaram renúncia mediante as críticas sobre o seu papel na campanha e na elaboração do programa eleitoral conservador.

Segundo o "The Sunday Times", diversos altos cargos do gabinete de May lhe deram um "ultimato" de três dias para salvar sua liderança em troca de certas concessões.

Apesar das pressões internas sobre a primeira-ministra após a derrota eleitoral, diversas vozes do Partido Conservador argumentaram em público que a chefe do Executivo conta com o apoio necessário para tentar formar governo.

"Faltam nove dias para o início do diálogo sobre o 'Brexit', sofremos dois horríveis incidentes de segurança e submeter agora o Partido Conservador a novas primárias seria muito pouco inteligente", disse no sábado à "BBC" o ex-ministro para a Irlanda do Norte Owen Paterson.

May continua negociando com o Partido Democrático Unionista (DUP) da Irlanda do Norte o apoio de seus dez deputados no Parlamento para poder governar em minoria durante a próxima legislatura.

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