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Boris Johnson enfrenta escrutínio por nomear Lord um magnata russo

Invasão russa de Ucrânia reabriu as dúvidas em torno da concessão do título nobiliárquico do Reino Unido

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, nomeou seu amigo, o oligarca nascido na Rússia, Evgeny Lebedev (foto), na Câmara dos Lordes em 2020 (AFP/AFP)

Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, nomeou seu amigo, o oligarca nascido na Rússia, Evgeny Lebedev (foto), na Câmara dos Lordes em 2020 (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 13 de março de 2022 às 11h30.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johson, acumula outro assunto espinhoso ao ser questionado pela nomeação de um magnata russo dos meios de comunicação como "Lord", segundo informações publicadas na imprensa britânica neste domingo. 

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A invasão russa de Ucrânia reabriu as dúvidas em torno da concessão do título nobiliárquico do Reino Unido a Evgeni Lebedev, filho do multimilionário russo Alexander Lebedec pela Câmara alta do Parlamento britânico em 2020.

"Em vista às revelações de hoje (domingo), creio que o primeiro-ministro tenha sérias perguntas a responder: quem sabia? ignorou os conselhos de segurança?, questionou o líder da oposição britânica, Keir Starmer, em declarações à Sky News.

O primeiro-ministro britânico e Lebedev são amigos desde que Johson se tornou prefeito de Londres em 2008.

As questões sobre sua relação se devem, sobretudo, à presença, em abril de 2018, de Johnson, então Secretário de Relações Exteriores, em uma festa na vila de Lebedev na Itália sem aparato de segurança.

O ministro Michael Gove defendeu Lebedev: "em nenhum momento ninguém me disse que seria inapropriado me reunir com ele ou falar com ele".

Lebedev "deixou claro, às páginas do The Evening Standard, jornal de sua propriedade, que desaprova de todo coração este conflito" na Ucrânia, assegurou Gove.

Em uma coluna, na sexta-feira, em seu jornal gratuito, Evgeni Lebedev, disse se sentir "orgulhoso de ser cidadão britânico, destacando que "era crucial não cair na russofobia".

"Não sou um risco para a segurança deste país que amo", escreveu Lebedec, que garantiu não ser um "agente russo" como seu pais, que pertenceu à KGB.

Segundo Lebedev, sua posição está refletida na cobertura da invasão russa pelos seus meios de comunicação, que na semana passada instou o presidente russo, Vladimir Putin, que retire suas tropas.

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