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Boris Johnson cancela corte de impostos corporativos no Reino Unido

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que cerca de 7,8 bilhões de dólares podem ser aplicados no sistema de saúde

Reino Unido: o imposto corporativo que atualmente é de 19% passaria para 17% (Henry Nicholls/Reuters)

Reino Unido: o imposto corporativo que atualmente é de 19% passaria para 17% (Henry Nicholls/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de novembro de 2019 às 12h52.

Última atualização em 18 de novembro de 2019 às 12h53.

Londres — O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou nesta segunda-feira que está postergando cortes adicionais de impostos corporativos e disse aos eleitores que aplicará o dinheiro em serviços como o sistema de saúde, abordando um tema central da eleição de 12 de dezembro.

"Estamos adiando cortes adicionais de impostos corporativos", disse Johnson a líderes empresariais em uma conferência organizada pela CBI, a Confederação da Indústria Britânica.

"Isso economiza 6 bilhões de libras esterlinas (cerca de 7,8 bilhões de dólares) que podemos colocar nas prioridades do povo britânico, inclusive o NHS (Serviço Nacional de Saúde)", disse.

O Reino Unido deveria cortar sua taxa de impostos corporativos dos atuais 19% --já uma das mais baixas das maiores economias industrializadas do mundo-- para 17% no próximo ano.

Johnson tem sido questionado sobre como financiará os gastos públicos adicionais que prometeu sem aumentar consideravelmente a dívida pública.

Em setembro, seu ministro das Finanças, Sajid Javid, anunciou o maior aumento de despesas correntes em 15 anos, o que foi visto amplamente como uma tentativa de se contrapor às promessas de gastos do Partido Trabalhista, sigla de oposição de esquerda.

O anúncio do premiê foi acolhido com ressalvas pela chefe da CBI.

"Adiar cortes adicionais de impostos corporativos para investir em serviços públicos poderia funcionar para o país se for apoiado por esforços adicionais sobre os custos de se fazer negócios e a promoção do crescimento", disse Carolyn Fairbairn em um comunicado.

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