Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, discursa na abertura da COP 26 (Leon Neal - WPA Pool/Getty Images)
Da redação, com agências
Publicado em 1 de novembro de 2021 às 09h49.
Última atualização em 1 de novembro de 2021 às 09h52.
Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, realizou o discuro de abertura oficial da COP 26 em Glasgow, na Escócia, na manhã desta segunda-feira, dia 1º. "Falta um minuto para a meia-noite e precisamos agir agora", disse. "A humanidade atrasou há muito tempo o relógio em relação às mudanças climáticas e se não tomarmos providências agora, será tarde demais".
"Estive em Paris, há seis, quando concordamos em manter o aquecimento em 1,5 graus Celsius. E todas essas promessas serão nada, só blá blá blá, a não ser que a COP 26 seja algo real sobre as mudanças climáticas. E podemos fazer isso", afirmou. Johnson também afirmou que é possível acabar com o uso de usinas térmicas movidas a carbono, além de "plantar centenas de milhares de árvores e reverter a deflorestação até 2030".
O primeiro-ministro britânico disse que a missão é ajudar os países em desenvolvimento em processos de descarbonização, junto a bancos de investimento, organismos internacionais e a iniciativa privada. "O Acordo de Paris representou uma boia de salvação para o futuro climático do mundo", afirmou. "Vamos fazer o que é necessário para salvar o planeta. Temos o que é preciso, a tecnologia, os investidores, a comunidade internacional. Este encontro em Glasgow precisa ser o momento em que começar a luta, de fato, contra as mudanças climáticas".
O príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, também deverá discursar durante a cerimônia de abertura. Líderes de 120 países estão reunidos em Glasgow para a conferência mundial sobre o clima.
Durante o primeiro dia da COP, neste domingo, dia 31, o britânico Alok Sharma, seu presidente, declarou que o encontro mundial em Glasgow representa "a última e a melhor esperança" de limitar o aquecimento global a +1,5ºC, o objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris.
No sábado, em Roma, onde participou da cúpula do G20, cujas conclusões serão examinadas para detectar a vontade das principais economias de lutar ativamente contra o aquecimento global, o secretário-geral da ONU, António Guterres, também soou o alarme. "Vamos ser claros, há um risco significativo de que Glasgow não cumpra suas promessas", disse ele.