"Baronia brevicornis": a borboleta, uma "Papilionidae" marrom com toques amarelos e alaranjados que pode ser encontrada apenas na Serra de Huautla, está sob ameaça de extinção (AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2013 às 18h44.
Xochitepec (México) - Uma equipe de cientistas mexicanos e franceses alerta para o risco de extinção da borboleta "Baronia brevicornis", uma espécie do centro do México que conviveu com os dinossauros há 70 milhões de anos e talvez seja a mais antiga do mundo.
A borboleta, uma "Papilionidae" marrom com toques amarelos e alaranjados que pode ser encontrada apenas na Serra de Huautla, está sob ameaça de extinção por causa da agricultura, do desflorestamento e da poluição, advertiram os especialistas neste fim de semana durante o fórum Green Solutions 2013.
Pesquisadores da Universidade Autônoma do Estado de Morelos (UAEM), com apoio da Universidade de Toulouse, na França, investigam há cerca de cinco anos esse pequeno inseto, 1.500 vezes mais antigo do que o ser humano.
Segundo as conclusões do estudo, a "Baronia" é "um fóssil vivo que existe apenas no México e é a borboleta mais antiga já encontrada no mundo".
O pesquisador francês Luc Legal garante que "apenas em duas regiões do mundo as borboletas conseguiram se preservar frente à época glacial: em uma região da China e em Morelos".
O governo de Morelos promove, junto com os estados de Guerrero e Puebla, a criação de uma área de reserva ecológica de 180 mil hectares que, além de proteger a "Baronia", implicará a conservação de outras espécies de fauna e flora da reserva da Serra de Huautla.