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Bombardeiros dos EUA sobrevoam península coreana após míssil

Manobras envolvendo dois bombardeiros supersônicos e quatro caças furtivos ocorreram no final dos exercícios militares anuais entre EUA e Coreia do Sul

Caças americanos: Coreia do Norte se opõe fortemente aos exercícios militares e os vê como uma preparação para uma invasão (Republic of Korea Air Force/Reuters)

Caças americanos: Coreia do Norte se opõe fortemente aos exercícios militares e os vê como uma preparação para uma invasão (Republic of Korea Air Force/Reuters)

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Reuters

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 08h56.

Seul / Tóquio - A Coreia do Sul disse que sua Força Aérea realizou um exercício sobre a península coreana com dois bombardeiros dos Estados Unidos com capacidade nuclear nesta quinta-feira, dois dias depois do disparo de um míssil da Coreia do Norte sobre o Japão elevar as tensões.

As manobras envolvendo dois bombardeiros supersônicos B-1B e quatro caças furtivos F-35B dos EUA, além de caças sul-coreanos, ocorreram no final dos exercícios militares anuais entre EUA e Coreia do Sul, que se concentraram principalmente em simulações de computador.

A Coreia do Norte se opõe fortemente a tais exercícios, que vê como uma preparação para uma invasão, e respondeu com uma série de ameaças e lançamentos de mísseis nas últimas semanas.

O presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu com suas próprias ameaças, alertando que Pyongyang enfrentaria "fúria e fogo" se ameaçasse seu país e que os militares de seu país estão com as armas "engatilhadas e carregadas" no caso de uma provocação.

Na quarta-feira, Trump declarou que "conversar não é a resposta" para resolver o longo impasse com os norte-coreanos.

"Os EUA vêm conversando com a Coreia do Norte, e lhes pagando dinheiro de extorsão, há 25 anos", tuitou Trump, que na semana passada disse que o líder norte-coreano, Kim Jong Un, estava "começando a respeitar" os EUA. "Conversar não é a resposta!"

Mas quando indagado por repórteres, poucas horas depois, se seu país esgotou as soluções diplomáticas para a Coreia do Norte, o secretário de Defesa norte-americano, Jim Mattis, respondeu "não".

"Nunca esgotamos as soluções diplomáticas", disse Mattis antes de uma reunião com seu equivalente sul-coreano no Pentágono. "Continuamos a trabalhar juntos, e o ministro e eu compartilhamos a responsabilidade de proporcionar a proteção de nossas nações, nossas populações e nossos interesses".

O ministro da Defesa japonês, Itsunori Onodera, conversou com Mattis por telefone e concordou em continuar pressionando Pyongyang de maneira "visível", informou o Ministério da Defesa.

Na terça-feira, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou o disparo do míssil balístico de alcance intermediário sobre o Japão, que classificou como "ultrajante", e exigiu que a Coreia do Norte suspenda seu programa de armas, mas o comunicado esboçado pelos EUA não ameaçou a adoção de novas sanções contra o regime norte-coreano.

Os EUA e a Coreia do Sul ainda estão tecnicamente em guerra com a Coreia do Norte porque o conflito de 1950-53 terminou com uma trégua, não um tratado de paz.

A Coreia do Norte diz com frequência que jamais desistirá de seu programa de armas, que afirma ser necessário para conter uma suposta hostilidade norte-americana.

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