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Bombardeios sacodem Gaza e Hillary busca trégua

Secretária norte-americana de Estado realizou reuniões em Jerusalém buscando uma trégua que evite uma invasão israelense em Gaza


	Soldados israelenses rezam em frente a armamentos na fronteira norte de Israel com a Faixa de Gaza
 (Ronen Zvulun/Reuters)

Soldados israelenses rezam em frente a armamentos na fronteira norte de Israel com a Faixa de Gaza (Ronen Zvulun/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2012 às 08h19.

Gaza/Jerusalém - Bombardeios israelenses sacudiram a Faixa de Gaza, e foguetes palestinos caíram no outro lado da fronteira, enquanto a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, realizou reuniões em Jerusalém, nesta quarta-feira, buscando uma trégua que evite uma invasão israelense em Gaza.

O governo islâmico do Egito realiza mediações e havia manifestado a expectativa de um cessar-fogo entre Israel e o grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, até a noite de terça-feira. Mas, na hora em que Hillary foi recebida pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já estava claro que a violência não iria parar imediatamente.

Em Tel Aviv, ao menos 10 pessoas ficaram feridas na explosão de um ônibus, nesta quarta-feira, que o governo local chamou de ataque terrorista. O incidente, que levou militantes do Hamas em Gaza a dispararam para o alto em comemoração, ameaça complicar ainda mais os esforços por um cessar-fogo.

No Cairo, líderes do Hamas acusaram o Estado judeu de não responder a propostas de cessar-fogo. A Rádio Israel disse, citando uma autoridade local, que a trégua foi adiada devido a "um atraso na última hora nos entendimentos entre Hamas e Israel".

Uma suspensão inicial dos ataques, no entanto, não implicaria uma desmobilização dos combatentes de ambos os lados. Hillary, que conversa nesta quarta-feira no Cairo com o presidente do Egito, Mohamed Mursi, disse que um acordo é possível "nos próximos dias".


Como a maioria das potências ocidentais, os EUA veem o Hamas como um obstáculo à paz, e culpa o grupo pela conflagração em Gaza. Uma nota do Conselho de Segurança da ONU condenando o conflito foi bloqueada na terça-feira pelos EUA, que se queixaram do texto por "deixar de tratar da origem do problema", que seriam os foguetes palestinos.

Quando Hillary desembarcou em Israel, já na noite de terça-feira, as forças israelenses estavam intensificando os ataques por mar e ar. A certa altura, Gaza sofria um impacto a cada dez minutos.

Os disparos de foguetes palestinos perderam força durante a noite, mas foram retomados antes do amanhecer da quarta-feira, com seis lançamentos, segundo Israel. Não houve feridos.

Após cinco dias de hostilidades que mataram mais de 130 palestinos e cinco israelenses, ambos os lados buscam mais do que um retorno à calma esporádica que prevaleceu no território palestino desde que Israel encerrou uma ofensiva aérea e terrestre muito mais devastadora, há quatro anos.

Netanyahu, favorito para ser reeleito dentro de dois meses, disse a Hillary que deseja uma solução "de longo prazo". Mas deixou claro que, sem ela, está disposto a intensificar a campanha militar para silenciar os foguetes disparados pelo Hamas e por seus aliados.

O Hamas, por sua vez, reivindica o fim do bloqueio imposto por Israel ao seu território, onde vivem 1,7 milhão de pessoas.

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