O porta-voz do exército iemenita afirmou que 2.571 civis morreram no país desde 26 de março (Saleh al-Obeidi/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2015 às 16h15.
Nações Unidas - Mais de 120 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas no Iêmen desde que começaram os ataques aéreos da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita, no fim de março, denunciou a ONU nesta segunda-feira.
Na província sulina de Abian mais de 1.730 famílias deslocadas estão vivendo em escolas, abrigos ou com parentes, explicou o porta-voz da organização, Stéphane Dujarric.
Segundo a ONU, o conflito fez com que em muitas partes do país seja difícil conseguir comida. Na cidade de Áden, por exemplo, não há farinha disponível e todas as padarias estão fechadas.
As comunicações e o fornecimento de energia também foram muito afetados pelos bombardeios, com várias províncias sem telefones fixos nem celulares, e regiões inteiras sofrendo com blecautes elétricos de até 12 horas.
Segundo a ONU, várias organizações humanitárias estão oferecendo assistência à população e estão preparadas para ampliar a provisão assim que algumas estradas que estão fechadas forem reabertas.
O porta-voz do exército iemenita, leal aos rebeldes houthis, afirmou nesta segunda que 2.571 civis morreram no país desde 26 de março, quando começaram os bombardeios da coalizão árabe.
Riad e seus oito aliados árabes justificaram a ofensiva pela necessidade de defender a legitimidade do presidente iemenita Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi, pela ameaça que os houthis representariam para a Arábia Saudita e no perigo de o Irã estender sua influência na região através destes rebeldes.