Um tanque israelense passa pelo norte da Faixa de Gaza (REUTERS/Baz Ratner)
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2014 às 08h16.
Gaza - Pelo menos 12 pessoas, todas identificadas como civis, morreram neste sábado e cerca de 50 ficaram feridas em um bombardeio israelense contra um edifício de três andares na cidade de Khan Yunes, no sul da Faixa de Gaza, segundo fontes médicas.
O incidente ocorreu antes da entrada em vigor, às 8h locais (2h de Brasília) de um cessar-fogo humanitário de 12 horas acordado entre o Hamas e Israel ontem à noite.
Segundo um comunicado do Ministério da Saúde em Gaza, o bombardeio aconteceu antes do amanhecer, quando as forças aéreas israelenses atacaram um conjunto residencial de Khan Yunes, ao sul do território, durante uma intensa noite de bombardeios e combates.
Até o momento, são 914 palestinos mortos, a grande maioria civis, e mais de 6 mil feridos durante a operação militar israelense iniciada contra a Faixa de Gaza no último dia 8.
Enquanto estiver vigente a trégua humanitária, utilizada para o atendimento das vítimas e o abastecimento da população, prosseguem os esforços diplomáticos por ampliar o cessar-fogo e abrir espaço para o diálogo.
Está previsto que hoje se reúnam em Paris o secretário de Estado americano, John Kerry, e seus colegas de França, Alemanha, Reino Unido, Catar, Turquia e a UE, entre outros mediadores, informou uma fonte diplomática francesa.
Horas antes, o gabinete de segurança israelense tinha rejeitado a possibilidade de um cessar-fogo humanitário ao recusar a proposta de trégua apresentada no Cairo.
Há dois dias, o Hamas deu mostras de que aceitaria um cessar-fogo por razões humanitárias, sempre e quando suas duas principais reivindicações forem atendidas.
A primeira e mais importante: o fim do bloqueio econômico e do cerco militar que Israel impõe à Faixa de Gaza. Além disso, o movimento islamita exige que a passagem de Rafah, que o Egito mantém fechada há um ano, seja reaberta.
Por outro lado, o governo israelense quer o desarmamento do citado movimento, uma condição que o líder do Hamas, Khaled Meshaal, disse que não cumprirá enquanto o Estado judeu continuar armado. EFE