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Bombardeio do exército mata 14 pessoas no Paquistão

Aviões do exército fizeram uma operação contra duas casas em que supostamente se escondiam insurgentes


	Investigadores coletam evidencias no local da explosão de um carro-bomba: combates com grupos islamitas armados causaram uma maré de refugiados
 (Naseer Ahmed/Reuters)

Investigadores coletam evidencias no local da explosão de um carro-bomba: combates com grupos islamitas armados causaram uma maré de refugiados (Naseer Ahmed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2012 às 08h04.

Islamabad - Aviões do exército do Paquistão fizeram nesta segunda-feira no noroeste do país uma operação contra a insurgência que foi confirmada por fontes militares e na qual, segundo o jornal local 'Dawn', morreram 14 pessoas.

O bombardeio contra duas casas em que supostamente se escondiam insurgentes aconteceu na área conhecida como Vale de Tirah, na conflituosa região tribal de Khyber, perto da fronteira com o Afeganistão, segundo fontes militares não identificadas.

Testemunhas disseram ao jornal paquistanês que as duas casas ficaram completamente destruídas após o ataque e que em uma delas morreram nove membros de uma família e, na outra, cinco, entre eles várias crianças e mulheres.

Um porta-voz de Ansar ul-Islã (um grupo islamita radical ativo na zona), que se identificou como Kaptaan, confirmou as 14 mortes, mas não esclareceu se entre os falecidos estava algum insurgente.

Khyber é uma das sete regiões tribais do Paquistão, que nunca estiveram sob completo controle da administração central, e serviram durante anos como refúgio para membros da Al Qaeda e de facções de talibãs afegãos e paquistaneses.

Desde o fim do ano passado, o exército paquistanês disputa com os fundamentalistas armados o controle do triângulo formado pelas zonas tribais de Orakzai, Khyber e Kurram, que dão passagem para o Afeganistão e as fortificações insurgentes mais ao sul.

Os combates entre as forças de segurança e os grupos islamitas armados causaram neste ano uma maré de refugiados que, segundo fontes de grupos humanitários, beira meio milhão de pessoas.

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