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Bomba mata mulher e fere 30 em Jerusalém após 7 anos de calma

Ninguém assumiu responsabilidade pela explosão, que coincidiu com uma onda de violência na fronteira de Gaza

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 21h16.

Jerusalém - Uma bomba escondida dentro de uma mala explodiu perto de um ponto de ônibus em um bairro judaico de Jerusalém nesta quarta-feira, matando uma mulher e ferindo ao menos 30 pessoas. A polícia atribuiu o ataque a militantes palestinos.

Ninguém assumiu responsabilidade pela explosão, que coincidiu com uma onda de violência na fronteira de Gaza e provocou temores de uma nova guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, depois de meses de calma relativa.

Médicos afirmaram que três pessoas ficaram gravemente feridas na explosão, ocorrida à tarde em uma das principais vias para o centro de Jerusalém, estilhaçando as janelas de um ônibus nas proximidades. A vítima tinha por volta de 60 anos e morreu no hospital.

A polícia disse que foi um "ataque terrorista" -- termo usado por Israel para indicar um ataque palestino. Foi a primeira vez que Jerusalém foi atingida por uma bomba desse tipo desde 2004.

Líderes mundiais condenaram o ataque, assim como uma série de foguetes e morteiros disparados desde Gaza nos últimos dias.

"Os Estados Unidos exortam os grupos responsáveis a encerrar esses ataques de uma vez por todas e salientamos que Israel, assim como todas as nações, tem o direito à auto-defesa", disse o presidente norte-americano, Barack Obama, em um comunicado divulgado em Washington.

Líderes palestinos na Cisjordânia, que se opõem ao Hamas, também criticaram o ataque.

"Eu condeno essa operação terrorista nos termos mais fortes possíveis, independentemente de quem esteja por trás dela", disse o primeiro-ministro Salam Fayyad em um comunicado.


"Os Estados Unidos exortam os grupos responsáveis a encerrar esses ataques de uma vez por todas e salientamos que Israel, assim como todas as nações, tem o direito à auto-defesa", disse o presidente norte-americano, Barack Obama, em um comunicado divulgado em Washington.

Líderes palestinos na Cisjordânia, que se opõem ao Hamas, também criticaram o ataque.

"Eu condeno essa operação terrorista nos termos mais fortes possíveis, independentemente de quem esteja por trás dela", disse o primeiro-ministro Salam Fayyad em um comunicado.

No auge do levante palestino iniciado em 2000, que arrefeceu nos últimos anos, militantes executavam dezenas de ataques a bombas nos bairros judaicos de Jerusalém.

O ministro da Segurança Interna de Israel, Yitzhak Aharonovitch, disse que a bomba pesava entre um e dois quilos. "Ela explodiu dentro de uma pequena maleta na calçada perto do ponto de ônibus", disse ele à televisão israelense Channel 2.

Dezenas de ambulâncias chegaram às pressas ao local, que estava cercado de manchas de sangue na calçada. Muitas pessoas precisaram receber tratamento para estado de choque.

A TV israelense interrompeu a programação habitual para mostrar imagens ao vivo do atendimento às vítimas.

"Vi duas mulheres caídas no chão, inconscientes e cobertas de sangue", disse o médico Motti Bukchi, que chegou correndo ao local, a uma rede TV.

As negociações de paz para tentar encerrar décadas de conflito entre israelenses e palestinos foram interrompidas no ano passado, depois que o premiê Benjamin Netanyahu recusou-se a estender uma moratória parcial a construções nos asentamentos judaicos na Cisjordânia.

Depois do incidente desta quarta, Netanyahu adiou por algumas horas uma viagem à Rússia, onde irá se reunir com líderes russos em Moscou, mas recusou-se a cancelar a viagem.

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