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Bomba explode durante operação de desativação no Sri Lanka

Explosão ocorre um dia depois dos atentados suicidas que deixaram 290 mortos no país

Sri Lanka: polícia encontrou nesta segunda-feira 87 detonadores em uma estação de ônibus da capital (Dinuka Liyanawatte/Reuters)

Sri Lanka: polícia encontrou nesta segunda-feira 87 detonadores em uma estação de ônibus da capital (Dinuka Liyanawatte/Reuters)

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AFP

Publicado em 22 de abril de 2019 às 10h17.

Última atualização em 22 de abril de 2019 às 10h46.

Uma explosão foi registrada, nesta segunda-feira (22), em Colombo, capital do Sri Lanka, durante a operação de desativação de uma bomba - anunciou a polícia.

O artefato se encontrava em uma caminhonete estacionada perto de uma das igrejas atingidas ontem por um atentado suicida.

Ainda não se sabe se houve vítimas e até que ponto a deflagração foi controlada pelos especialistas. Em um vídeo divulgado no Twitter pelo enviado especial do jornal britânico "The Guardian", vê-se um movimento de pânico, em razão do que o jornalista descreve como uma "pequena explosão".

A polícia do Sri Lanka encontrou nesta segunda-feira 87 detonadores em uma estação de ônibus da capital, um dia depois dos atentados suicidas que deixaram 290 mortos no país.

"Encontramos 87 detonadores na estação de ônibus Bastian Mawatha de Pettah", um bairro da capital cingalesa que fica no meio do caminho entre os hotéis e a igreja onde no domingo foram registradas explosões, indicou a polícia em um comunicado.

Doze detonadores estavam no chão e os outros 75 em uma lata de lixo próxima.

"Nenhum suspeito foi detido. A polícia de Pettah continua sua investigação", completa o texto, em referência ao bairro da capital no qual foram encontrados os detonadores.

Estado de emergência

O governo do Sri Lanka decretou nesta segunda-feira a entrada em vigor do estado de emergência a partir da meia-noite (15H30 de Brasília), em nome da "segurança pública", um dia depois dos atentados que deixaram 290 mortos.

O estado de emergência tem o objetivo de reforçar a ação das forças de segurança, que receberão poderes especiais.

"Foi decidido com o objetivo de autorizar a polícia e as três forças (armadas) a garantir a segurança pública", afirmou a presidência do país do sudeste da Ásia em um comunicado.

Colombo decretou ainda um dia de luto nacional para terça-feira. O Sri Lanka não registrava um cenário de tamanha violência desde o fim da guerra civil há 10 anos.

Em poucas horas no domingo, várias bombas espalharam morte e desolação em hotéis de luxo e igrejas católicos que celebravam a Páscoa em vários pontos do país. As forças de segurança prenderam 24 pessoas.

As autoridades atribuem os atentados suicidas ao grupo islamita local National Thowheeth Jama'ath (NTJ), que até o momento não reivindicou os ataques.

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