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Bolsonaro diz que não irá intervir militarmente na Venezuela

Ao Washington Post, presidente afirmou que o não reconhecimento do governo Maduro ajuda na mudança de regime do país vizinho

Jair Bolsonaro: Presidente acredita que se Previdência não for aprovada ocorrerá um "colapso econômico" (Arnd Wiegmann/Reuters)

Jair Bolsonaro: Presidente acredita que se Previdência não for aprovada ocorrerá um "colapso econômico" (Arnd Wiegmann/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 20h32.

São Paulo - O presidente Jair Bolsonaro não pretende fazer o Brasil embarcar em uma intervenção militar na Venezuela, mas acredita que o posicionamento do Brasil - que disse não reconhecer o novo mandato de Nicolás Maduro - pode ajudar na mudança de regime do país vizinho. Em entrevista ao Washington Post, o presidente admitiu ainda que a reforma da Previdência é impopular, mas que, caso ela não passe no Congresso, pode ocorrer um colapso econômico.

"Nós não embarcaremos o Brasil numa intervenção militar. Não temos história de buscar intervenções militares para resolver problemas", afirmou Bolsonaro na entrevista, ao ser questionado sobre se estaria disposto a utilizar tropas brasileiras para apoiar uma mudança de regime na Venezuela.

Em relação a como a mudança se daria no país vizinho, Bolsonaro disse que a sinalização do Brasil de que não aceita a reeleição de Maduro pode ajudar na mudança. "Acredito que sim. Nossa inteligência indica que há um nível substancial de insatisfação entre os militares na Venezuela", disse.

Questionado sobre sua opinião em relação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Bolsonaro afirmou que admira e sempre admirou o país e que simpatiza com o norte-americano "porque ele quer tornar a América grande novamente". "Até o momento, fiz cinco ou seis reuniões com autoridades importantes dos Estados Unidos, incluindo (o conselheiro de segurança nacional) John Bolton. Tenho planos de visitar os EUA em março", disse.

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