Mundo

Bolsas europeias sobem com expectativas sobre Escócia

A exceção entre as principais bolsas da região ficou com Londres, que encerrou em queda devido a preocupações com o referendo de independência


	Bolsa de Londres: ela sucumbiu às preocupações com referendo na Escócia
 (Jason Alden/Bloomberg)

Bolsa de Londres: ela sucumbiu às preocupações com referendo na Escócia (Jason Alden/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 15h47.

São Paulo - Os mercados de ações da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, 17, em meio a expectativas de que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, manterá uma postura favorável a juros baixos ao final da reunião de política monetária.

A tendência de ganho também foi direcionada por novas medidas de estímulo na China.

A exceção entre as principais bolsas da região ficou com Londres, que encerrou em queda devido a preocupações com o referendo de independência da Escócia.

O índice pan-europeu STOXX 600 avançou 0,45%, a 344,39 pontos.

Em meio a um intenso debate sobre o iminência de um aperto monetário nos Estados Unidos, os investidores reavaliaram suas posições após comentários do colunista do Wall Street Journal e especialista em Fed, Jon Hilsenrath.

Em uma conferência via internet na terça-feira, Hilsenrath disse acreditar que a autoridade monetária voltará a reiterar que as taxas de juros vão continuar baixas "por um período de tempo considerável", após o fim do programa de compras de ativos.

Com isso, o índice CAC-40, da Bolsa de Paris, ganhou 0,50%, aos 4.431,41 pontos, e o Dax, de Frankfurt, subiu 0,30%, para 9.661,50 pontos.

A perspectiva de que a economia dos EUA ainda precisa de apoio foi reforçada hoje pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que caiu 0,2% em agosto, na comparação com julho.

Essa foi a primeira queda mensal no indicador desde abril de 2013 e o resultado ficou abaixo da previsão de analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que esperavam estabilidade nos preços.

Outro fator para a valorização dos índices acionários da Europa veio da China. Segundo relatos na mídia internacional, o Banco do Povo da China (PBOC) está injetando 500 bilhões de yuans (US$ 81 bilhões) nos cinco maiores bancos estatais do país.

Analistas dizem que o esforço visa enfrentar a desaceleração da segunda maior economia do mundo.

Entre os principais ganhos na Europa, o índice FTSEMIB, de Milão, avançou 1,55%, para 21.111,66 pontos, e o índice PSI-20, de Lisboa, encerrou com elevação de 0,68%, aos 5.857,75 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 subiu 1,01%, para 10.907,40 pontos.

Por outro lado, a Bolsa de Londres sucumbiu às preocupações com o referendo que decidirá uma possível divisão do território britânico.

Os escoceses vão às urnas na quinta-feira para decidir sobre o futuro da Escócia e pesquisas de opinião têm ressaltado a incerteza em torno do resultado.

Nos últimos tempos, consultas feitas por institutos e jornais têm mostrado opiniões cada vez mais divididas, o que levou os líderes ingleses a se unirem na defesa pela manutenção do status britânico e prometerem mais poderes aos escoceses.

Por outro lado, os separatistas lutam por uma autonomia na gestão dos próprios recursos e a correção de injustiças sociais e culturais observadas nos 300 anos de Reino Unido.

O índice FTSE, de Londres, cedeu 0,17%, aos 6.780,90 pontos. Os investidores britânicos também digeriram novas informações sobre a economia e a política monetária no país.

A taxa de desemprego caiu para 6,2% no período de maio a julho, de 6,6% nos três meses até junho. O resultado ficou abaixo da média das previsões dos analistas consultados pela Market News International, de 6,3%.

Diante de números positivos sobre a economia do país, a ata do último encontro de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) voltou a destacar a discussão atual de um futuro aperto.

O documento mostrou que houve dois votos pelo aumento da taxa de juros de 0,5% para 0,75%, enquanto os outros sete integrantes defenderam a manutenção do nível atual, assim como no encontro anterior.

Os dois membro Martin Weale e Ian McCafferty não conseguiram atrair mais apoio e a maioria decidiu pela manutenção da política monetária, vendo "evidências insuficientes" de que o patamar atual possa gerar pressões inflacionárias no futuro. 

Com informações da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:CACDAXFTSEIndicadores econômicosMercado financeiro

Mais de Mundo

Joe Biden deseja sucesso ao papa Leão XIV e que 'Deus o abençoe'

Presidente do Peru agradece Papa Leão XIV por 'mais de 20 anos de serviço' no país

Papa estava de passagem comprada para terceira vinda ao Brasil

Trump quer aumento de impostos para milionários que ganham acima de US$ 2,5 milhões