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Bolívia vai reajustar combustíveis e congelar tarifas

Gás liquefeito de petróleo, gás natural veicular e serviços básicos não terão aumento nas taxas; combustíveis devem subir até 83%

Evo Morales, presidente boliviano: medidas pretendem estimular a produção de petróleo (Wikimedia Commons)

Evo Morales, presidente boliviano: medidas pretendem estimular a produção de petróleo (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2010 às 07h58.

Brasília – O governo da Bolívia aprovou ontem (26) uma série de medidas que incluem o reajuste de até 83% do preço dos combustíveis, o congelamento de tarifas relativas do gás liquefeito de petróleo (GLP) e do gás natural (GNV), além de serviços básicos. O objetivo, segundo as autoridades, é proteger e incentivar a economia nacional, assim como conter a ação dos contrabandistas.

As informações são da Agência Boliviana de Informações (ABI), que é oficial. De acordo com as autoridades, a meta é pôr em prática uma política agressiva para estimular a produção de petróleo. O congelamento de tarifas inclui serviços de abastecimento de energia, água e telefone, além de peças de reposição para os transportes públicos.

O vice-presidente da República, Alvaro Garcia Linera, anunciou as medidas contidas no Decreto Supremo nº 748. Linera fez o comunicado em nome do presidente boliviano, Evo Morales, que está em viagem oficial à Venezuela – que vive momentos de tensão em decorrência dos problemas causados pela chuva no país. As medidas foram aprovadas pelo Conselho de Ministros da Bolívia.

"Não podemos mais subvencionar os poderosos que têm cinco ou seis carros. O que queremos é que o dinheiro que usamos para conceder o benefício atenda os bolivianos mais necessitados", afirmou Lindera. “[Queremos] proteger a economia boliviana."

O vice-presidente afirmou ainda que o reajuste dos combustíveis possibilitará uma espécie de “nivelamento dos preços” cobrados na Bolívia com o que ocorre no Brasil, na Argentina e nos demais países vizinhos.

“Não podemos manter os preços baixos aqui na Bolívia e no exterior altos, porque a nossa gasolina e nosso diesel estão saindo pelos rios”, disse Linera, referindo-se ao contrabando dos produtos. “Queremos continuar o modelo de desenvolvimento, mas é preciso proteger a economia para manter o crescimento e os investimentos. Não podemos continuar a sangrar", disse ele.

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