Evo Morales: agora ex-presidente da Bolívia está exilado no México desde que foi afastado do poder (Courtesy of Bolivian Presidency/Reuters)
AFP
Publicado em 24 de novembro de 2019 às 11h39.
A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, rejeitou neste sábado uma "anistia" a Evo Morales, exilado no México, ante a tentativa de senadores de levar adiante um projeto de lei que prevê a proibição de "processos judiciais" contra o ex-presidente boliviano e seus colaboradores.
"Todo aquele que cometeu delitos e burlou a lei; cometeu abusos, não terá anistia de nenhum tipo", afirmou a presidente interina.
O partido de Morales, que tem maioria no Congresso, apresentou um projeto de lei que blinda juridicamente o ex-presidente e seus funcionários, vetando a prisão ou abertura de processos contra ele.
Jeanine afirmou que o governo interino "não perseguirá nenhum político, líder sindical ou líder civil", tampouco dará aval a um quadro de impunidade. "O novo país que queremos será uma Bolívia de justiça, não de impunidade", assinalou.
O Movimento ao Socialismo (MAS) apresentou o projeto durante uma sessão em que foram aprovadas novas eleições gerais na Bolívia, sem a participação de Morales.