Mundo

Bolívia pede reunião do Conselho de Segurança após ameaça de Trump à Síria

Presidente americano advertiu a Rússia que se prepare para ataque com mísseis contra a Síria em resposta ao suposto uso de armas químicas

Conselho de Segurança: embaixador boliviano na ONU diz que solicitação responde a ameaças de uso unilateral da força na Síria (Mike Segar/Reuters)

Conselho de Segurança: embaixador boliviano na ONU diz que solicitação responde a ameaças de uso unilateral da força na Síria (Mike Segar/Reuters)

E

EFE

Publicado em 11 de abril de 2018 às 16h43.

Última atualização em 11 de abril de 2018 às 16h43.

A Bolívia pediu nesta quarta-feira uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para analisar as tensões em torno da Síria, após a ameaça de uma ação militar lançada pelos Estados Unidos em resposta ao suposto ataque químico do final de semana passado.

A informação foi confirmada pelo embaixador boliviano nas Nações Unidas, Sacha Llorenti, cujo país é um dos dez membros não-permanentes do Conselho de Segurança.

Segundo Llorenti, a solicitação responde a "ameaças de uso unilateral da força na Síria".

O pedido boliviano acontece depois que hoje o presidente americano, Donald Trump, advertiu à Rússia que se prepare para um ataque com mísseis contra a Síria em resposta ao suposto uso de armas químicas por parte do regime de Bashar al Assad, aliado de Moscou.

"A Rússia promete derrubar todos os mísseis disparados contra a Síria. Prepara-se Rússia, porque eles irão, suaves e novos e inteligentes!", ameaçou Trump na sua conta no Twitter.

Nesta terça-feira, a Rússia vetou no Conselho de Segurança da ONU uma proposta dos EUA para voltar a iniciar um mecanismo internacional que averigue e determine responsabilidades pelo uso de armas químicas na Síria.

A Bolívia foi o único país que votou "não" junto à Rússia, enquanto a China se absteve e os outros 12 Estados-membros apoiaram a resolução americana.

O Conselho de Segurança, além disso, rejeitou outra iniciativa russa a respeito e também um segundo texto apresentado por Moscou para expressar apoio à investigação que os analistas da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) vão realizar sobre o ocorrido em Duma.

Essa missão da OPAQ, segundo insistiu hoje as Nações Unidas, pode determinar os fatos, mas não tem mandato para assinalar os responsáveis.

Os Estados Unidos e seus aliados responsabilizam o regime sírio pelo suposto ataque do fim de semana passado, enquanto a Rússia defende que é uma montagem que procura justificar um ataque contra o governo de Assad.

Acompanhe tudo sobre:Armas químicasBashar al-AssadBolíviaEstados Unidos (EUA)Guerra na SíriaSíria

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia