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Bolívia dará início a plano nuclear este ano

Evo Morales anunciou o começo de um programa civil de energia nuclear, com investimentos superiores a US$ 2 bilhões até 2025


	 Presidente da Bolívia, Evo Morales: Morales reiterou que desenvolvimento tem fins pacíficos
 (Getty Images)

Presidente da Bolívia, Evo Morales: Morales reiterou que desenvolvimento tem fins pacíficos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 14h10.

La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta quinta-feira o começo este ano de um programa civil de energia nuclear que contará com unidades no departamento de La Paz (oeste) e cujo investimento vai superar os US$ 2 bilhões até o ano de 2025.

Morales, que antecipou estes dados durante a assinatura de um contrato com uma empresa espanhola para a construção de uma usina hidrelétrica, reiterou que o desenvolvimento nuclear tem "fins pacíficos".

"Um país que tem o controle energético é um país libertado, independente. A melhor forma de nos libertar também é tendo uma energia nuclear com fins pacíficos", asseverou.

O anúncio foi feito uma semana depois que a Corporação Mineradora da Bolívia revelou que foi encontrado urânio em uma prospecção na região oriental de Santa Cruz, no entanto se desconhece o tamanho da jazida.

Segundo o presidente, o programa de energia nuclear que seu país desenvolverá terá fins pacíficos, entre os quais citou a pesquisa médica e a agroalimentar.

Além disso, Morales acrescentou que serão instaladas na região andina de La Paz um acelerador de partículas de tipo ciclotron PET/CT, um reator nuclear de pesquisa e outro de potência.

O Executivo boliviano defendeu reiteradamente ao longo deste ano seu "direito" de contar com um plano de energia nuclear.

Morales começou em janeiro passado seu nono ano de Governo assegurando que este assunto tinha se transformado em "uma prioridade estratégica" para seu país.

Entre os possíveis parceiros do país andino para desenvolver este programa atômico estão Rússia, Irã, Argentina e França.

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