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Bolívia confirma primeiro caso de zika vírus

Os serviços de saúde bolivianos confirmaram o diagnóstico na terça-feira


	Zika vírus: autoridades da Bolívia estão tomando medidas para evitar que se formem criadouros de mosquitos na cidade de Santa Cruz
 (Thinkstock/AbelBrata)

Zika vírus: autoridades da Bolívia estão tomando medidas para evitar que se formem criadouros de mosquitos na cidade de Santa Cruz (Thinkstock/AbelBrata)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2016 às 14h38.

La Paz - O Serviço Departamental de Saúde (Sedes) da região boliviana de Santa Cruz (leste) confirmou nesta quarta-feira o primeiro caso de zika no país, que afetou uma mulher de 58 anos contagiada no Brasil.

Os serviços de saúde bolivianos confirmaram o diagnóstico na terça-feira e o diretor do mesmo, Joaquín Mosteiro, fez o anúnciou nesta quarta-feira em entrevista coletiva.

A mulher procurou os serviços de saúde em 31 de dezembro com os sintomas comuns do zika, que são dores de cabeça, febre, dores articulares e manchas na pele, informou Mosteiro.

A afetada recebeu atendimento diagnóstico, está estável, "em perfeito estado de saúde" e "em casa", segundo garantiu a autoridade da área da saúde.

Além disso, dado o momento de desenvolvimento da doença e as medidas de bloqueio tomadas para prevenir mais infecções, Mosteiro garantiu que é "muito difícil" que a paciente possa contagiar outras pessoas.

No entanto, Mosteiro advertiu que "vão surgir mais casos" e não descartou que possa ocorrer um foco epidêmico nos próximos meses.

Por isso, as autoridades locais estão tomando medidas para evitar que se formem criadouros de mosquitos na cidade de Santa Cruz, em risco por estar em plena temporada de chuvas, agravadas pelo fenômeno do El Niño.

À população local recomenda-se o uso de inseticidas e repelentes para prevenir as picadas e o uso de mosquiteiros para proteger os lares.

O zika não é, em geral, uma doença mortal, mas a incidência em mulheres grávidas durante os primeiros três meses de gestação está relacionado com um aumento dos casos de microcefalia.

Mosteiro lembrou que o vírus do zika não é letal como a dengue ou a chicungunha, mas "um vírus que produz mal-estar com menos possibilidades de morte e menos complicações".

O zika é transmitido pelo mosquito da espécie Aedes Aegypti.

O vírus foi identificado pela primeira vez em 1947 nas florestas de Zika em Uganda (África), enquanto o Chile detectou o primeiro caso na América Latina em 2014 na Ilha de Páscoa.

Brasil, El Salvador, Honduras e Guatemala também reportaram casos de zika, que pode chegar a causar artrites crônica e cujos sintomas, que duram cerca de uma semana, costumam ser confundidos com os da dengue.

A Bolívia registrou seu primeiro caso em 2016, mas estava há tempos aplicando medidas de prevenção e fumigação nas zonas tropicais, especialmente as fronteiriças com o Brasil.

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