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Bolívia atribui à Argentina crise na Unasul

Chanceler boliviano disse que a gestão anterior na entidade deixou "assuntos pendentes", como a nomeação de um secretário-geral

Unasul seis países-membros suspenderam atividades no bloco até que seja nomeado um novo secretário-geral (Norberto Duarte/AFP)

Unasul seis países-membros suspenderam atividades no bloco até que seja nomeado um novo secretário-geral (Norberto Duarte/AFP)

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AFP

Publicado em 23 de abril de 2018 às 17h00.

Última atualização em 26 de abril de 2018 às 18h39.

O chanceler boliviano, Fernando Huanacuni, responsabilizou nesta segunda-feira (23) o governo argentino pela crise da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), indicando que o país deixou "assuntos pendentes" na entidade.

"A PPT (presidência pro tempore) da Argentina nos deixou assuntos pendentes, que merecem ser resolvidos", como a nomeação de um novo secretário-geral do organismo, afirmou o diplomata, de acordo com a agência estatal ABI.

Seis países-membros da Unasul - Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai e Peru - comunicaram nesta sexta-feira que suspenderão suas atividades no bloco até que seja nomeado um novo secretário-geral.

Para destravar a situação, a Bolívia, que ocupa desde este mês a secretaria pro tempore da Unasul, convocou uma reunião extraordinária de chanceleres. O objetivo é que "no âmbito do diálogo de alto nível se viabilize a nomeação do novo secretário-geral e se encaminhe a solução dos temas pendentes", disse Huanacuni na sexta.

O cargo de secretário-geral está vago desde 31 de janeiro de 2017, após o fim da gestão do colombiano Ernesto Samper.

Desde então, os países-membros não conseguiram chegar a um acordo para nomear um sucessor.

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